Fotografia mostrando carnaval de 2020 - Divulgação/ Prefeitura de São Paulo/ Edson Lopes Jr.
Brasil

Epidemiologista do Comitê Científico de SP dá alerta sobre Carnaval: 'Não podemos nos enganar'

Paulo Menezes afirmou, em coletiva de imprensa, que realizar um evento com intensas aglomerações em 2022 é "precoce"

Ingredi Brunato, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 24/11/2021, às 20h00

Muitos lugares já estão fazendo planejamentos para os desfiles e bloquinhos de rua do Carnaval de 2022. A taxa de vacinação avançada dos brasileiros, dentre os quais 61% já receberam as duas doses, dá um clima de otimismo, com o fim da pandemia parecendo mais próximo do que nunca. 

No entanto, para o epidemiologista Paulo Menezes, que é coordenador do Comitê Científico de São Paulo, ainda é muito cedo para tudo isso. O especialista expressou sua opinião durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 24.

Ainda é precoce pensar em uma situação de multidões na rua, com aglomeração, mesmo que seja daqui a três meses. Não é o momento de pensar nas grandes aglomerações do Carnaval. Ele movimenta milhões e milhões de brasileiros, de pessoas de fora do país", argumentou ele, conforme repercutido pelo UOL. 

Menezes alertou que, ainda que a previsão para fevereiro do ano que vem é que tenhamos 80% de nossa população completamente vacinada, a imunização sozinha pode não ser o suficiente para segurar o vírus.

Isso porque, embora ela impeça o desenvolvimento de quadros mais graves de covid, que exigem a hospitalização do paciente, a vacina não impede a transmissão do coronavírus entre a população.

"Temos boas perspectivas, como já foi colocado hoje: o avanço da cobertura vacinal no estado de SP é exemplo para o mundo, e o que também temos de exemplo é conjugar o avanço da cobertura vacinal com outras medidas que têm garantido o nosso sucesso até o momento. [Mas] não podemos nos enganar e dizer que estamos livres da pandemia, livres do coronavírus. Ele está circulando, e por isso estamos mantendo as medidas com cautela (...) O melhor é aguardar", afirmou o epidemiologista. 

Dessa forma, é preciso ter em mente que o risco do coronavírus passar por mutações e ocorrer a geração de variantes mais fortes que as anteriores, infelizmente, ainda está presente. Tendo este perigo em vista, e levando em conta o fato da Europa estar enfrentando uma quarta onda da pandemia, 70 cidades do estado de São Paulo já cancelaram as festividades oficiais do Carnaval. A capital, porém, não é uma delas.

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