A análise dos materiais das pulseiras indicou a presença de uma relação comercial entre Egito e Grécia há muito tempo
Redação Publicado em 05/06/2023, às 19h06 - Atualizado às 19h13
As pulseiras de prata utilizadas pela primeira rainha egípcia, Hetepheres I, que viveu aproximadamente 4,6 mil anos atrás, revelaram evidências das primeiras relações comerciais entre o Egito e possivelmente a Grécia. O tesouro, encontrado na tumba da governante, demonstrou que os egípcios tiveram contato com esse metal muito antes do que se imaginava.
Hetepheres I foi esposa do faraó Sneferu e mãe do rei Khufu, responsável pela construção da Grande Pirâmide de Gizé. Suas joias representam a maior e mais renomada coleção de artefatos egípcios feitos de prata. Os achados foram detalhados em um artigo publicado na edição de junho do Journal of Archaeological Science Reports.
No estudo recente, arqueólogos da Universidade Macquarie, na Austrália, examinaram amostras das pulseiras utilizando técnicas avançadas para compreender a composição dessas joias especiais e identificar sua origem. A análise revelou que as joias continham cobre, ouro, chumbo e incrustações de pedras semipreciosas. No entanto, o destaque foi para os resquícios de prata.
Isso é significativo porque, de acordo com o artigo, não existem depósitos nativos de prata no Egito. Portanto, quando as joias da rainha foram criadas, o material não poderia ter sido extraído localmente. Peças feitas com esse metal apareceram pela primeira vez no país durante o quarto milênio a.C., e a origem da prata ainda é um mistério.
Os resultados da pesquisa sugerem que a prata provavelmente foi obtida das Ilhas Cíclades, um arquipélago no Mar Egeu, sudeste da Grécia, ou possivelmente de Lavrion, uma cidade portuária na parte sudeste de Ática, também na Grécia.
Segundo a Galileu, outra possibilidade é que a prata tenha sido importada para o Egito, talvez da cidade portuária de Biblos, no atual Líbano.
Os textos antigos egípcios não mencionam nenhuma fonte local, mas uma perspectiva alternativa, baseada na presença de ouro nos artefatos de prata, juntamente com o alto teor de eletro (uma liga natural de prata e ouro conhecida como "ouro verde", às vezes com traços de cobre e outros metais), também sugere que a prata poderia ter vindo de fontes internas no Egito.
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