Mais de 130 anos após os assassinatos em Whitechapel, Londres, descendentes das vítimas estão solicitando a reabertura de inquérito
Giovanna Gomes Publicado em 13/01/2025, às 09h04
Descendentes das vítimas de Jack, o Estripador, estão unindo forças para buscar justiça em um dos mistérios criminais mais duradouros e infames da história. Mais de 130 anos após os assassinatos em Whitechapel, Londres, em 1888, um pedido legal foi apresentado para reabrir o inquérito sobre a morte de Catherine Eddowes, com base em evidências que apontam para Aaron Kosminski como o principal suspeito.
Kosminski, um barbeiro polonês que imigrou para o Reino Unido na década de 1880, era considerado suspeito na época, mas nunca foi formalmente acusado por falta de provas. Agora, novas análises de DNA de um xale manchado de sangue, encontrado no corpo de Eddowes e adquirido pelo pesquisador Russell Edwards, ligam Kosminski diretamente ao crime. O xale contém material genético tanto da vítima quanto do suspeito.
Recentemente, Edwards revelou evidências adicionais que conectam Kosminski a maçons dissidentes, sugerindo que motivações ideológicas poderiam estar por trás dos assassinatos e que ele pode ter recebido proteção da polícia antes de ser internado em um asilo, onde morreu.
Segundo o portal Extra, Karen Miller, trineta de Catherine Eddowes, forneceu seu DNA para confirmar a conexão com as evidências e declarou que o foco excessivo no mistério de "Jack, o Estripador" obscureceu a importância de reconhecer as vítimas.
Descendentes de outras vítimas, como Mary Ann Nichols, também apoiam o pedido de um novo inquérito. Sue Parlour, parente de Nichols, afirmou: "Não houve justiça para essas vítimas na época. Foi tudo há muito tempo. Mas significaria muito finalmente poder nomear o assassino, para obter algum encerramento sobre isso. Essas mulheres foram descartadas como apenas prostitutas, como se não importassem, mas importaram."
Até mesmo a família de Kosminski, incluindo sua sobrinha-neta Amanda Poulos, concorda com a reabertura do caso: "Estou mais do que feliz em finalmente estabelecer o que realmente aconteceu."
Embora o inquérito original de 1888 tenha concluído com um veredito de "homicídio doloso", a polícia da época não conseguiu identificar o responsável. Há dois anos, um pedido para reabrir o caso foi negado pelo então Procurador-Geral Michael Ellis, que alegou insuficiência de novas evidências. No entanto, o advogado Tim Sampson argumenta que as descobertas recentes justificam uma nova análise judicial.
Se o atual Procurador-Geral, Richard Hermer, aprovar o pedido, o caso será encaminhado à Suprema Corte para consideração. A legista de East London, Nadia Persaud, já sinalizou que está preparada para presidir o inquérito caso seja autorizado.
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