Bandeira do Sudão em meio a protesto na capital do país - Getty Images
Sudão

Conflito de facções militares gera bombardeios e saques na capital do Sudão

País vem sendo palco de intensos confrontos que já duram mais de sete semanas

Giovanna Gomes Publicado em 05/06/2023, às 10h42

Na manhã desta segunda-feira, bombardeios atingiram áreas ocidentais da capital do Sudão, após confrontos entre facções militares rivais durante a noite, de acordo com relatos de moradores. A situação de ilegalidade em Cartum e na região de Darfur tem se agravado.

Os combates entre o Exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF), que já duram mais de sete semanas, intensificaram-se após o fim de um acordo de cessar-fogo mediado pela Arábia Saudita e pelos Estados Unidos, ocorrido no sábado.

O conflito no Sudão resultou no deslocamento de mais de 1,2 milhão de pessoas e cerca de 400.000 refugiaram-se nos países vizinhos, causando extensos danos à capital. Como destaca a agência de notícias Reuters, os residentes remanescentes estão vivendo em meio a batalhas, ataques aéreos e uma crescente sensação de insegurança.

Relatos de combates

No domingo à noite, houve relatos de intensos combates nas três cidades que compõem a região ampliada da capital sudanesa: Cartum, Omdurman e Bahri. Na manhã desta segunda-feira, fumaça podia ser vista em várias áreas.

Mohamed Saleh, de 37 anos, residente no centro de Omdurman, relatou: "O bairro onde moramos é saqueado publicamente todos os dias, sem que ninguém intervenha para impedir, enquanto os confrontos e bombardeios continuam ao nosso redor".

Waleed Adam, morador do distrito leste de Cartum, afirmou que as tropas da RSF estão controlando completamente os bairros da capital e saqueando extensivamente. Ele disse à Reuters por telefone: "Você os vê bem na sua frente, pegando carros, dinheiro, ouro - tudo o que eles conseguem colocar em suas mãos. Acredito que é apenas uma questão de tempo até que eles cheguem à minha rua".

De acordo com a fonte, a RSF alega estar trabalhando para proteger os civis, prendendo saqueadores.

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