O Comitê Olímpico Internacional (COI) defendeu sua decisão de permitir que as boxeadoras Imane Khelif e Lin Yu-ting competissem nos Jogos Olímpicos de Paris
Luiza Lopes Publicado em 02/08/2024, às 14h11
O Comitê Olímpico Internacional (COI) defendeu sua decisão de permitir que as boxeadoras Imane Khelif e Lin Yu-ting competissem nos Jogos Olímpicos de Paris, apesar da controvérsia em torno da questão de gênero.
O COI afirmou que as atletas enfrentam "agressão" devido a uma decisão anterior da Associação Internacional de Boxe (IBA), que foi considerada arbitrária.
Khelif, que venceu rapidamente a italiana Angela Carini, e Lin Yu-ting, duas vezes campeã mundial, foram desqualificadas no Campeonato Mundial de 2023 por não atenderem às regras da IBA que impedem atletas com cromossomos XY de competir em eventos femininos.
Porém, com a IBA banida pelo COI por questões de governança e finanças no ano passado, o órgão olímpico decidiu permitir que as boxeadoras competissem em Paris, argumentando que a desqualificação foi feita de forma inadequada e repentina.
Personalidades como a autora britânica J.K. Rowling e o bilionário Elon Musk criticaram a decisão do COI, enquanto o comitê lamentou o tratamento recebido pelas atletas e reiterou que todos têm o direito de competir sem discriminação.
A agressão atual contra essas duas atletas é baseada inteiramente nessa decisão arbitrária, que foi tomada sem nenhum procedimento adequado -- especialmente considerando que essas atletas estavam competindo em competições de alto nível por muitos anos. O COI está triste com o abuso que as duas atletas estão sofrendo atualmente. Toda pessoa tem o direito de praticar esporte sem discriminação”, disse em comunicado.
Em resposta, a IBA questionou as "inconsistências na elegibilidade" e justificou sua decisão de desqualificar as atletas com base na “segurança das competidoras”.
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