A operação é considerada a maior até o momento contra membros da oposição ao governo chinês
Giovanna Gomes Publicado em 06/01/2021, às 09h29
Nesta quarta-feira, 6, cerca de 50 ex-parlamentares pró-democracia e jovens ativistas foram presos em Hong Kong, sob lei de segurança nacional imposta em junho do ano passado, devido às manifestações de 2019.
Segundo declararam testemunhas, Joshua Wong, um dos membros mais conhecidos do movimento pró-democracia e que se encontra preso, teve sua casa vasculhada durante a operação.
A oposição afirma que as prisões ocorreram devido às primárias organizadas por partidos pró-democracia em 2020, das quais participaram 600 mil cidadãos locais.
O objetivo era eleger candidatos para as eleições de Hong Kong. A polícia, contudo, não respondeu acerca do motivo das detenções.
Dos 70 representantes da Assembleia, apenas metade é eleita por voto popular. Assim, a meta da campanha era conquistar os 35 postos pelo voto aberto e obter a maioria na legislatura.
Em resposta, as autoridades do governo chinês disseram que tal campanha se tratava de "subversão" e citaram a lei aprovada em 2019 como justificativa.
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