A polícia americana está investigando as causas que levaram ao suicídio de John Barnett, ex-funcionário da empresa de aviação Boeing
Redação Publicado em 12/03/2024, às 15h54
No último sábado, 9, um ex-gerente de qualidade da Boeing foi encontrado morto em Charleston, no estado americano da Carolina do Sul. Dias antes de seu falecimento, John Barnett, de 62 anos, havia prestado depoimento sobre possíveis falhas nas aeronaves da companhia. As autoridades estão investigando o caso.
Barnett, que atirou em si próprio, atuou na companhia aérea por 32 anos, até sua aposentadoria em 2017, conforme repercutido pelo UOL. Em 2019, Barnett afirmou que a Boeing instalava peças com defeito no sistema do 787 Dreamliner. Essa denúncia, publicada na ocasião pela BBC e pelo New York Times, se transformou em uma briga judicial. A empresa nega todas as acusações.
No sábado, 9, Barnett deveria comparecer novamente para prestar depoimento, mas não apareceu. Naquele mesmo dia, ele foi encontrado sem vida em seu carro, no estacionamento do hotel onde estava hospedado.
Ficamos tristes com a morte do sr. Barnett, e nossos pensamentos estão com a família e amigos dele", lamentou a empresa de aviação em um comunicado obtido pelo jornal The Washington Post.
O avião do modelo 787 foi palco de um incidente nesta segunda-feira, 11, quando 13 pessoas ficaram feridas durante um voo da Latam, que partia da Austrália com destino ao Chile. A empresa classificou o incidente como um "evento técnico", após "forte movimentação durante o voo".
A Boeing está em destaque neste ano desde que um Boeing 737-Max da Alaska Airlines perdeu uma porta durante um voo em janeiro. O incidente exigiu um pouso de emergência e não houve feridos.
Após o ocorrido, os Estados Unidos proibiram novos voos em aeronaves deste modelo até que as investigações sejam concluídas. Na época, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou que nenhuma companhia aérea operava esse avião no Brasil.
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