Suprema Corte da Índia analisava novo pedido de indenização para as vítimas da tragédia de gás tóxico de Bhopal, em 1984
Redação Publicado em 14/03/2023, às 18h19 - Atualizado às 18h47
Nesta terça-feira. 14, a Suprema Corte da Índia rejeitou um pedido de indenização extra para as vítimas da tragédia de gás de Bhopal, que ocorreu em 1984. Na ocasião, milhares de pessoas morreram depois que um vazamento de gás tóxico atingiu a fábrica de pesticidas da Union Carbide, na capital do estado de Madhya Pradesh.
Segundo informações da BBC News, em 1999, a empresa Dow Chemicals, que comprou a fábrica, afirmou que o acordo inicial de US$ 470 milhões era o "suficiente" para as vítimas. No entanto, posteriormente, os afetados e o governo recorreram na Justiça indiana e apresentaram um novo pedido de revisão da decisão, que foi rejeitado.
A questão não pode ser resolvida três décadas após o acordo. Acreditamos que este não seria o curso de ação ou método apropriado para impor uma responsabilidade maior ao UCC (Union Carbide) do que inicialmente concordou em arcar", disse um porta-voz da Suprema Corte, acerca do que foi anunciado hoje.
No dia 3 de dezembro de 1984, um vazamento de gás tóxico na fábrica da Union Carbide Corporation atingiu aproximadamente meio milhão de pessoas e deixou mais de 25.000 mortos. Na época, autoridades governamentais processaram a empresa e exigiram ainda que os responsáveis financiassem um hospital, avaliado em US$ 17 milhões, para atender as vítimas.
Além disso, os sobreviventes da tragédia, considerada um dos desastres industriais mais impactantes do mundo, detalham que, atualmente, muitos sofrem com os problemas crônicos acarretados pela exposição a toxicidade das substâncias. Outras questões, como o descarte incorreto do lixo e, consequentemente, poluição do meio ambiente, também continuam presentes na Índia, mesmo quase quatro décadas após o incidente.
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