Assim como no sucesso da Netflix, Débora Falabella é perseguida por mulher há anos, recebendo presentes e mensagens indesejadas; entenda!
Fabio Previdelli Publicado em 17/06/2024, às 14h22
Bebê Rena se tornou uma das maiores séries de sucesso da Netflix neste ano. A trama, original da plataforma de streaming, conta a história do aspirante a comediante Donny que passa ser perseguido por uma mulher, Martha, depois dele atendê-la em um bar em Londres, na Inglaterra.
Bebê Rena é protagonizado pelo ator Richard Gadd, que usou acontecimentos de sua própria vida para criar a narrativa. Gadd alega ter recebido inúmeros presentes, ligações, e-mails e mensagens da tal Martha — que revelou-se ser Fiona Harvey, que processou a Netflix por conta da trama.
+ Bebê Rena: Veja 5 momentos da série que a 'verdadeira' Martha negou
Embora um episódio tão surreal assim pareça ser apenas algo da ficção, a atriz brasileira Débora Falabella revelou ser perseguida por uma fã há mais de uma década. Entenda!
A história de perseguição começou no Rio de Janeiro, em meados de 2013. Conforme relatou o G1, a atriz encontrou a mulher — moradora de Recife — num elevador. Até então, a interação parecia ser apenas de um fã comum que fez um pedido para tirar foto.
Dias depois, porém, a mulher (hoje com 40 anos) enviou diversos presentes para o camarim de Débora; o que incluia uma carta com conteúdo íntimo e invasivo. Dois anos depois, a mulher apareceu enquanto Falabella se apresentava em uma peça em Copacabana; quando a stalker tentou forçar acesso ao seu camarim.
A perseguidora ainda foi assistir Débora em uma apresentação em São Paulo em 2018. Mas os momentos de maior tensão começaram a partir de 2022; quando a mulher criou um grupo no Instagram com Débora Falabella e sua irmã, por onde enviava diversas mensagens.
Entre as mensagens, aponta o G1, a perseguidora chegou a afirmar que 'transava' com a atriz e afirmou que tinha "loucura telepática" — uma espécie de conversa telepática — com Falabella.
Em julho do mesmo ano, a perseguidora foi até a porta do condomínio onde Débora Falabella mora, na capital paulista. A stalker estava segurando malas de viagem e tentou entrar no apartamento da atriz, mas foi impedida pela portaria do prédio.
Sem se dar por vencida, a mulher retornou no início da noite e chegou a encontrar com uma funcionária da Falabella, que passeava com o cachorro da atriz. A stalker começou a reafirmar que tinha "encontros telepáticos" com Débora e começou a gritar pelo seu nome.
Por conta disso, a atriz fez uma representação criminal contra a mulher pelo crime de stalking, que tem pena estipulada entre 6 meses e dois anos de prisão.
No fim de 2022, a stalker descobriu que a atriz passava férias em uma pousada na Bahia e tentou contactá-la, mas sem sucesso; Quando Débora voltou para casa, recebeu um presente de sua 'fã': um livro da história de Romeu e Julieta.
Para o meu Romeu, com muito amor", dizia mensagem que estava junto com o romance onde os protagonista morrem.
Devido ao episódio, Débora Falabella conseguiu na Justiça de São Paulo uma medida provisória contra a mulher; que proibiu que a perseguidora entrasse em contato com ela por qualquer meio de comunicação e mantivesse uma distância mínima de distância de 500 metros — sob pena de prisão.
Em junho do ano passado, a perseguidora se tornou ré pela prática de perseguição e foi ordenado que ela passasse por exames para analisar sua saúde mental. Mas, em setembro, ela descumpriu a medida ao tentar mandar mensagem para Débora pelas redes sociais, o que gerou um mandado de prisão preventiva no mês seguinte.
Conforme relatado pelo G1, a perseguidora foi presa em março desse ano pela Polícia Civil de Pernambuco enquanto ela estava recebendo tratamento em uma clínica psiquiátrica em Camaragibe, no Grande Recife.
A stalker foi levada para a Colônia Penal Feminina do Recife, mas sua defesa solicitou a revogação da prisão, alegando que a mulher sofre com transtornos mentais e (esquizofrenia e bipolaridade) e não poderia interromper o tratamento.
O pedido foi negado pela Justiça, que solicitou a realização de um exame psiquiátrico na ré — o que aconteceu no final do mês e comprovou o diagnóstico de esquizofrenia. A prisão preventiva da mulher foi revogada, mas ela ainda deve cumprir as medidas cautelares.
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