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EUA

Autoridades americanas apontam 'droga zumbi' como ameaça para a nação

Substância tranquilizante tem gerado estragos na sociedade americana

Giovanna Gomes Publicado em 12/04/2023, às 11h09

Nesta quarta-feira, 12, o governo dos Estados Unidos anunciou a designação da xilazina, uma substância também conhecida como "droga zumbi" ou tranquilizante, como uma "ameaça emergente". O objetivo é liberar fundos para combater o crescente uso da substância no país, que está causando sérios estragos.

O diretor do escritório da Casa Branca encarregado do combate às drogas, doutor Rahul Gupta, afirmou em entrevista coletiva que esta é a primeira vez na história dos Estados Unidos que uma substância é apontada como uma ameaça emergente.

Apesar de ser autorizada como sedativo e analgésico veterinário pela Food and Drug Administration (FDA) desde 1972, a xilazina é aprovada apenas para uso em animais. Seu consumo pode ser extremamente perigoso para os seres humanos, podendo diminuir a respiração e os batimentos cardíacos a níveis perigosos e causar infecções que podem levar à amputação de membros.

De acordo com informações da agência de notícias AFP, entre os anos de 2020 e 2021, a detecção de xilazina pela agência antidrogas (DEA) dos EUA aumentou quase 200% no sul do país e mais de 100% na região oeste. Agora, a designação da xilazina como ameaça emergente permitirá que os fundos solicitados pelo presidente Joe Biden ao Congresso sejam usados no orçamento de 2024.

Segundo Gupta, é necessário o apoio do Congresso para evitar a necessidade de desviar dinheiro destinado a outras causas. Ele enfatizou que este não é um problema exclusivo de estados democratas ou republicanos, mas um problema de todo o país.

Prazo

O governo terá até três meses após a designação para apresentar um plano de ação ao Congresso, que abordará diversas áreas, incluindo mais testes para detectar a droga e análises para entender melhor sua origem, a fim de combater sua presença crescente no mercado ilegal.

A pesquisa médica também será uma prioridade, reunindo especialistas nacionais para identificar abordagens promissoras para a estabilização clínica, gestão de abstinência e protocolos de tratamento.

Além disso, a necessidade de um antídoto eficaz é urgente. A naloxona, aprovada recentemente pelo FDA, é usada para reanimar pessoas que sofreram overdose de opioides, como o fentanil, mas não é eficaz contra a xilazina.

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