Ator de Elvis em novo filme comenta personagem: 'Um homem que estava sofrendo'

Na última semana, os atores Jacob Elordi e Colman Domingo — ambos conhecidos pelo trabalho junto na série 'Euphoria', da HBO — participaram do talk show 'Actors on Actors', da Variety, onde compartilharam experiências sobre seus projetos recentes. No caso, Domingo interpretará Bayard Rustin, ativista e conselheiro de Martin Luther King Jr., em 'Rustin', enquanto Elordi dará vida à mais nova versão cinematográfica do 'Rei do Rock' Elvis Presley, em 'Priscilla.'

'Priscilla', de acordo com a sinopse do longa, "conta a história do relacionamento entre um dos casais mais famosos do mundo: Elvis e Priscilla Presley. Protagonizado por Cailee Spaeny e Jacob Elordi, o filme segue o ponto de vista de Priscilla, e é baseado no livro 'Elvis e Eu', escrito por ela." Vale mencionar ainda que a data de estreia está prevista para o próximo dia 26 de dezembro no Brasil.

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Durante a conversa, quando questionado sobre o maior desafio ao interpretar Elvis Presley, Elordi afirma que não queria se prender às diversas outras retratações do músico, e no novo filme o encarnou como "um homem que estava sofrendo": "Eu não queria prestar a ele o desserviço de interpretar 'O Rei' que o mundo havia feito, porque foi isso que o machucou tanto. Era meu trabalho não brincar com sua fama, mas interpretá-lo como uma vítima dela — interpretá-lo como um homem que estava sofrendo," afirma o ator.

Porque, com grandes figuras, nunca pensamos neles sofrendo. Nas fotos, você vê um pouco, se olhar bem de perto. Agimos como se estivesse tudo bem ele ter morrido daquele jeito, mas não está. Um garotinho morreu. O peso disso ficou comigo. Eu nunca quis balançar os quadris, curvar os lábios, sorrir e ser sexy, porque a maneira como Priscilla o vê é a de um homem que está sofrendo. E ela ama esse homem," complementa Elordi.

Sofia Coppola

Diretora de 'Priscilla', Sofia Coppola — que também dirigiu 'Maria Antonieta' (2006), e carrega o nome de seu pai, Francis Ford Coppola, de 'O Poderoso Chefão' (1972) e 'Drácula De Bram Stoker' (1992) — admitiu em conversa com Richard Curtis, no BFI Southbank, que realmente tentou não retratar Elvis como um vilão em seu novo trabalho. "Eu realmente tentei não deixar tudo preto no branco. Eu realmente tentei não fazer dele o vilão," comenta sobre cena em que Priscilla descobre uma suposta traição.

Mas aquela cena foi a mais dura, foi muito difícil fazer isso. Fizemos apenas algumas tomadas. Eu não conseguia vê-la sendo tratada daquela forma cruel. Mas é uma história de amor para ela e teve muitos altos e baixos, então tentei equilibrá-la para que tivesse momentos emocionantes e momentos sombrios," pontua a diretora, conforme repercutido pela Rolling Stone Brasil.

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