O astrônomo Marco Langbroek afirma que por meio da engenharia reversa conseguiu encontrar informações sobre o satélite americano
Fabio Previdelli Publicado em 06/09/2019, às 14h00
No dia 30 de agosto, o presidente Donald Trump publicou em seu twitter uma imagem obtida por um satélite americano que apresentava uma plataforma de lançamento após a explosão do foguete Safir SLV, no Centro Espacial Khomeini, Irã.
Porém, com algumas investigações de astrônomos foi possível descobrir que a imagem foi captada por satélite de reconhecimento óptico e ultrassecreto chamado EUA 224. A mensagem de do tweet dizia: “Os Estados Unidos da América não se envolveram no acidente catastrófico durante os preparativos finais para o lançamento de Semnan, no Irã. Meus melhores votos e boa sorte para determinar o que aconteceu na área”.
Com base na foto publicada, muitos especialistas disseram às agências de notícias que a imagem poderia relevar informações sobre drones americanos e a vigilância de satélites. O astrônomo Marco Langbroek, por meio da engenharia reversa, concluiu que a informação foi colhida pelo satélite USA 224, altamente secreto e semelhante ao satélite de vigilância do tipo KH-11.
Langbroek explica que “é basicamente um telescópio muito grande, parecido com o Telescópio Espacial Hubble. Mas, em vez de olhar para as estrelas, olha para a superfície da Terra e cria imagens muito detalhadas”.
Ele também conseguiu calcular quando o satélite conseguiu tirar a imagem secreta, analisando os dados das sombras da foto junto com a localização do aparelho. O USA 224 teria custado bilhões de dólares.
A notícia à tona em meio às acusações de desenvolvimento nuclear que os americanos fazem contra os iranianos. Por mais que o governo do Irã negue, os Estados Unidos considera que o desenvolvimento de foguetes pelo país é um passo rumo à produção de misseis balísticos.
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