Achado se deu no túmulo Tomio-Maruyama, localizado na cidade japonesa de Nara
Éric Moreira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 06/02/2023, às 10h37
Durante uma escavação realizada no túmulo Tomio-Maruyama, arqueólogos japoneses do Centro de Pesquisa de Bens Culturais em Nara, em cooperação com o Instituto Arqueológico de Kashihara, desenterraram dois itens muito curiosos e incomuns: uma espada "dako" gigante de 2,3 metros de comprimento e um espelho em formato de escudo.
De acordo com informações do Heritage Daily, os artefatos foram encontrados em um sítio arqueológico datado do século IV d.C., mais especificamente do período Kofun dentro da história japonesa — que durou de 300 a 538, sendo esta a era mais antiga registrada da história do Japão.
Embora não chame tanta atenção quanto a espada gigante, o espelho também intriga os pesquisadores: com dimensões de 64 cm de altura e 31cm de largura, seu formato se assemelha grandemente ao de um escudo, enquanto os demais espelhos de bronze encontrados em outros sítios arqueológicos possuem, geralmente, formatos arredondados.
Outras escavações realizadas no local também revelaram itens interessantes aos pesquisadores: lá, já foram descobertos utensílios, artefatos de bronze, objetos cilíndricos de cobre, ferramentas agrícolas e vários espelhos decorados com temas de deuses e animais. Segundo Kosaku Okabayashi, vice-diretor do Instituto Arqueológico, "essas descobertas indicam que a tecnologia do período Kofun está além do que se imaginava, e são obras-primas da metalurgia daquele período."
Assim como diversas outras nações do passado em diferentes lugares do mundo, os japoneses possuíam costumes funerários que consistiam, muitas vezes, em enterrar objetos específicos junto aos corpos para afastar o mal deles. No caso, a espada, que possui uma lâmina ligeiramente curva, é relacionada à adoração ao deus cobra, sendo assim uma arma "matadora de demônios".
Já no espelho, é possível observar desenhos padronizados baseados em criaturas do folclore japonês, servindo também para proteger os mortos de espíritos ruins. Por fim, os pesquisadores, que apenas escavaram em torno mas não abriram o caixão de fato, pontuaram acreditar que seu conteúdo ainda esteja intacto, visto que não foram encontrados indícios de saque.
Em seguida, a equipe de arqueólogos planeja estudar, ainda, o interior do túmulo, enquanto os itens já descobertos passam por restauração. De acordo com o estudo, acreditam que a pessoa ali enterrada seria uma importante figura, que teria apoiado o domínio Yamato na região.
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