Parte da madeira encontrada no possível naufrágio do navio Beaumont - Divulgação/Jean-Sebástien Guilbert
Arqueologia

Arqueólogos acreditam ter encontrado naufrágio de navio francês do século 18

Os impressionantes restos da embarcação foram descobertos a apenas 2,5 metros abaixo da superfície em uma baía de Antígua

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 01/07/2021, às 10h53

Um projeto de colaboração entre a Universidade das Índias Ocidentais Francesas (AIHP GEODE) e os Parques Nacionais de Antígua e Barbuda revelou o que pode ser o único naufrágio com casco intacto construído pela Companhia Francesa das Índias Orientais.

Como informou o portal Daily Mail, arqueólogos confirmaram a localização do naufrágio que pode ser do navio Beaumont, uma embarcação francesa de 990 toneladas que foi construída em 1762. 

A descoberta foi feita a partir do relato do mergulhador Maurice Belgrave, que afirmou ter observado uma grande ‘costela’ de um navio na baía Tank Bay, na ilha de Antígua, no Mar do Caribe. Os vestígios estavam a apenas 2,5 metros abaixo da superfície.

Foram encontrados pedaços de madeira e o lastro do navio, mas os arqueólogos não pensam que a embarcação apresente artefatos valiosos, equipamentos e ouro. 

Madeira analisada do naufrágio / Crédito: Divulgação/Jean-Sebástien Guilbert

 

Os pesquisadores chegaram à hipótese de que se tratava do Beaumont após a análise das dimensões do naufrágio encontrado, que estão alinhadas ao tamanho do navio em questão.

A embarcação tinha quase 40 metros de comprimento. Para comprovar a tese, a madeira encontrada passará por exames para que sua datação e origem sejam reveladas.

O arqueólogo da Autoridade de Parques Nacionais Christopher Waters explicou ao portal Antigua Observer que as evidências são “convincentes”. “O fato de ser enorme é incrivelmente especial e único em si mesmo. A maioria dos locais de naufrágio apresenta pequenos navios mercantes”, afirmou.

O naufrágio descoberto na ilha de Antígua / Crédito: Divulgação/Jean-Sebástien Guilbert

 

“É incrível que pudesse ter ficado lá sem ser descoberto por tanto tempo. Eu já fiz snorkel lá muitas vezes, usei equipamento de sonar e perdi todas as vezes”, confessou Waters.

O navio foi usado pela marinha francesa ao longo de dois anos, mas foi vendido a um indivíduo não identificado, o que fez com que ele recebesse o nome de Lyon. Já nos Estados Unidos, foi usado durante a Revolução Americana pelos colonos. 

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