Arcebispo é alvo de mais ataques ao explicar uso de roupa vermelha

Nos últimos dias, o arcebispo Dom Odilo Scherer usou o seu perfil no Twitter para fazer uma reflexão a respeito da violência política em solo brasileiro. O religioso chamou atenção ao explicar a cor de sua vestimenta, marcada pelo vermelho e associada por muitos a uma possível manifestação política - o que não é verdade. 

Se alguém estranha minha roupa vermelha (perfil), saiba que a cor dos cardeais é o vermelho (sangue), simbolizando o amor à Igreja e prontidão ao martírio, se preciso for. Deus abençoe a todos. Mas… ninguém machuque ninguém!", escreveu Odilo. 

No entanto, apesar da explicação do religioso, o Tweet foi alvo de mais críticas. "Não é a roupa.....é a alma que está ficando vermelha", respondeu um internauta. Já outro usuário escreveu que: 'A face é que deveria estar vermelha. As ações contradizem o que pregam. Deus abençoa e perdoa a todos que se arrependem".

Também ignorando a explicação do arcebispo, uma conta escreveu 'É nada, vai, confessa...você usa porque é vermelho por dentro e por fora". Outro usuário disse que o religioso: 'O Sr já mostrou a que veio...'.

Outros internautas, todavia, manifestaram apoio após o Tweet do arcebispo: "Quando um arcebispo recebe xingamentos e precisa explicar que sua roupa de cor vermelha não é referência à partido político, percebemos que falhamos como sociedade civilizada...", escreveu um usuário. Outra conta também se solidarizou com Dom Otilo, lamentando os ataques: "Meu Deus! Até onde chegamos por conta da violência e ameaça do bolsonarismo?".

A reflexão

Inicialmente, Dom Odilo enfatizou ser a favor 'da família, contra o aborto e toda violência contra a pessoa'. Também destacou que não aprova 'comunismo e nem o fascimo'. 

"Alguém tem dúvidas? Creio em Deus, em JCristo Salvador, amo a Palavra de Deus e da Igreja. Sou a favor da família, contra o aborto e toda violência contra a pessoa; não aprovo comunismo nem o fascismo; sou a favor da moral dos mandamentos de Deus. Estou em comunhão com o Papa…", escreveu ele. 

Em seguida, o arcebispo fez uma reflexão sobre a violência nos tempos atuais. 

"Tempos estranhos esses nossos! Conheço bastante a história. Às vezes, parece-me reviver os tempos da ascensão ao poder dos regimes totalitários, especialmente o fascismo. É preciso ter muita calma e discernimento nesta hora!",  continuou.