Aos 101 anos, homem é condenado por abusos cometidos no Holocausto

Apesar de negar abusos cometidos durante o Holocausto, na Segunda Guerra Mundial, Josef Schütz foi condenado pela justiça da Alemanha. Ele, que tem 101 anos, recebeu o veredito na última segunda-feira, 28. 

Pessoa mais velha a ser julgada por crimes cometidos durante o regime liderado por Adolf Hitler na Segunda Guerra, Josef terá de encarar cinco anos de prisão. Udo Lechtermann, presidente do tribunal, enfatizou que o agora idoso fora cúmplice dos assassinatos ocorridos no campo de concentração de Sachsenhausen. 

"Senhor Schütz, você teve um papel ativo durante três anos no campo de concentração de Sachsenhausen, onde foi cúmplice de assassinatos em massa. (...) Todas as pessoas que queriam fugir do campo foram fuziladas. Portanto, qualquer guarda do campo participou ativamente dos assassinatos", disse Udo, conforme divulgado pela AFP.

O advogado do agora condenado já havia dito que apresentaria a apelação diante de uma sentença 'extrema'. Em casos de cumplicidade em um crime, a pena costuma ser de três anos. Com a saúde fragilizada, além dos 101 anos, é possível que Josef não seja detido.

Quem é Josef Schütz?

Josef atuou como cabo na divisão 'Totenkopf' da SS, que era ligada ao partido de Adolf hitler. Como guarda no campo de concentração de Sachsenhausen, entre os anos 1942 e 1945, ele é apontado como cúmplice no óbito de até 3.518 vítimas. 

A acusação contra Schütz se deu em fevereiro de 2021, e promotores até mesmo indicam que ele contribuiu de maneira material e intencional nos crimes cometidos durante o período em que Hitler esteve no poder.