Desde seu falecimento há um ano, amigos e familiares da cantora atestam seu desejo de ser enterrada ao lado e sua mãe no Rio de Janeiro
Redação Publicado em 10/11/2023, às 19h24
Começou a circular uma petição pública na internet, solicitando a transferência do corpo de Gal Costa para o Cemitério São João Batista, localizado em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. Os signatários pedem que o desejo da cantora seja cumprido, de ser enterrada ao lado de sua mãe, Mariah Costa Penna.
A petição, que foi ao ar na manhã desta sexta-feira, 10, foi produzida pela jornalista Rita Moraes, que afirma ser amiga da artista. O abaixo-assinado se fez público um dia após o aniversário de morte de Gal, que faleceu há um ano, vítima de um infarto fulminante.
Conforme repercutido pela Folha de S. Paulo, o documento endereçado ao Procurador-Geral da Justiça de São Paulo requisita a exumação do corpo da artista, presente no mausoléu da família de sua ex-esposa, Wilma Petrillo, no Cemitério Venerável Ordem Terceira Nossa Senhora do Carmo, na capital paulista.
Na época do falecimento da cantora, seu irmão, Guto Burgos, teria afirmado que os amigos e familiares de Gal estranharam o enterro em São Paulo, que ocorreu sob a orientação de Petrillo, pois sabiam da preferência da artista por ser enterrada no mausoléu de sua mãe.
Eu comprei um túmulo no [Cemitério] São João Batista em 1995, se não me engano. A Mariah já estava lá e ela pediu que fosse enterrada ali. É verdade", disse Guto.
Assim como os fãs e familiares da cantora, a autora de petição estranhou o modo como foi realizado o sepultamento de uma das maiores cantoras do país, em uma cerimônia sem homenagens ou simbolismos. Assim, ela decidiu iniciar um abaixo-assinado para honrar a memória e os desejos da artista.
Ao longo desse tempo, muitas coisas me incomodaram, como não tornar público a causa da morte e o velório em que os fãs ficaram distantes. Gal está enterrada com parentes da Wilma, com pessoas com quem ela não tinha nenhuma relação.", afirma Moraes.
A jornalista conheceu Gal durante uma entrevista, e desde então, se encontraram em diversas ocasiões, como no Terreiro do Gantois, em Salvador, em jantares com amigos e em camarins antes das apresentações da cantora.
Após uma semana da morte de Gal, Moraes e o dramaturgo, Cássio Junqueira, visitaram o túmulo localizado no cemitério da Consolação. Chegando lá, ambos ficaram horrorizados com o abandono do local, que não apresentava uma identificação do local onde cantora havia sido sepultada.
Ajudei, na época, na limpeza do mausoléu. Acho que é uma causa legítima, a que está sendo discutida agora nessa petição, era o desejo da pessoa que deve ser respeitado.", concluiu Moraes.
É importante relembrar que, no último mês de julho, a revista Piauí publicou uma reportagem sobre a trajetória de Gal. Segundo o texto, Petrillo sabotou a carreira artística de sua própria esposa por quase trinta anos.
Na última quinta-feira, 9, quando completou um ano desde o falecimento de Gal, milhares de pessoas foram às redes sociais para homenagear a artista. Uma delas foi o cantor e compositor, Caetano Veloso.
É como se tivesse sido ontem. Emissão de voz que já era música antes de ela entrar nalguma música. Não dá para medir, não dá para entender. Já faz um ano que o mundo não tem Gal? Impossível aceitar.", disse o artista em sua publicação.
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