A Escrivã da Polícia Civil, Gislayne, supervisionando o assassino de seu pai, Raimundo Alves Gomes - Arquivo Pessoal
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25 anos depois, mulher 'lava a alma' após prender assassino do pai

Escrivã da Polícia Civil participa da operação que culminou na prisão de Raimundo Alves Gomes, que assassinou seu pai em 1999

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 27/09/2024, às 21h00

Em um desfecho emocionante para uma história marcada pela dor, a escrivã Gislayne Silva de Deus participou da operação que prendeu o assassino de seu pai, 25 anos após o crime. O caso, que há décadas permanecia sem solução, teve um final justo nesta semana, com a prisão de Raimundo Alves Gomes.

O crime ocorreu em 1999, quando Givaldo José Vicente de Deus foi assassinado a tiros em uma briga de bar, motivada por uma dívida de apenas R$ 150, explica o portal G1. O assassino, após levar a vítima ferida ao hospital, fugiu do local e, mesmo após ser indiciado em 2013, permaneceu foragido até esta semana.

Gislayne, que na época do crime tinha apenas nove anos, cresceu com a vontade de levar o criminoso à Justiça. Após se formar em Direito e ingressar na Polícia Civil, ela se dedicou incansavelmente à investigação, buscando encontrar pistas que levassem à captura de Raimundo.

"Essa nossa participação de buscar, ir atrás, não deixar ele ficar impune já tem um bom tempo. Se nós não estivéssemos lá, não teria tido júri e o promotor teria pedido absolvição. Então, a condenação foi em razão da gente não deixar realmente passar impune", disse ela ao g1.

Prisão

A prisão do foragido aconteceu após uma operação especial da Polícia Civil, que o localizou em uma região de chácaras, onde se escondia. A voz de prisão foi dada pela própria escrivã, em um momento de grande emoção e alívio para a família.

Para Gislayne, a prisão representa o fim de um longo sofrimento e a certeza de que a justiça foi feita. "Com a prisão dele, lavei minha alma e a de toda minha família. Foi o encerramento de um ciclo. Hoje temos paz e o sentimento de que a justiça foi feita", afirmou ela ao g1.

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