O animal já havia sido identificado em Porto Alegre em maio, mas agora recebe o título de mais antigo já encontrado
Redação Publicado em 10/09/2022, às 12h09
Um grupo de pesquisadores ingleses e brasileiros se uniram e conseguiram encontrar os últimos pedaços do fóssil do animal considerado o mais antigo do mundo no Rio Grande do Sul. O fóssil estudado foi encontrado no início dos anos 2000, em Faxinal do Soturno, na Região Central do Rio Grande do Sul.
Em maio deste ano, os paleontólogos concluíram que o animal reconhecido como cinodonte - com o nome científico de Brasilodon quadrangularis - possui cerca 225 milhões de anos. O 'Journal of Anatomy' publicou um estudo na última terça-feira, 6, acrescentando que o animal se tornou no mamífero mais antigo do mundo, posto que era dado para o morganucodon, com cerca de 205 milhões de anos.
Segundo o Uol, os cinodontes eram caracterizados na leitura científica como um animal com uma natureza biológica reptiliana, porém, após encontrarem os pequenos fósseis do animal, os estudos realizados através da sua dentição mudaram essa ideia.
Graças as análises de microscopia nos dentes e nas mandíbulas, foi possível identificar que os animais continham difiodontia, em outros termos, possuíam apenas uma dentição permanente ao trocar com a dentição de leite.
O paleontólogo Sergio Furtado Cabreira, um dos pesquisadores a frente do trabalho da descoberta e doutor em Geologia pelo Programa de Pós-Graduação em Geociências na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), contou ao UOL que, após descobrirem pela primeira vez os fósseis do animal na segunda metade do século XIX, eles "eram descritos como animais ectotérmicos e ovíparos. Isto é, seriam animais de sangue frio e colocariam ovos para sua reprodução"
Os pequenos animais que pesavam cerca de 15 gramas e tinham apenas 20 cm de comprimento, também possuiam um aspecto parecido aos roedores atuais. Os primeiros trabalhos com a dentição com os fósseis dos cinodontes, começaram em março de 2004 e se encontram na UFRGS.
Furtado contou que durante os estudos, as principais descobertas foram graças as informações recolhidas pelo esmalte e outros tecidos dentários deles. Elas mostraram as características essenciais em relação às condições do metabolismo da espécie.
O pesquisador concluiu que eles possuíam um estilo de vida noturno e comiam insetos e pequenos répteis, e que provavelmente viviam em pequenas tocas onde os filhotes ficavam até chegarem a fase adulta.
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