Mesmo antes de 2024 terminar, ano já pode ser considerado o mais quente já registrado na Terra, segundo observatório europeu
Éric Moreira Publicado em 09/12/2024, às 12h30
Nesta segunda-feira, 9 de dezembro, o centro europeu Copernicus — projeto componente de observação da Terra do Programa Espacial da União Europeia — informou que este ano de 2024 provavelmente terminará como o mais quente já registrado na Terra, desde a era pré-industrial.
Conforme observado pelo projeto, novembro foi o 16º mês, dos últimos 17 meses, que foi registrada uma temperatura média global pelo menos 1,5 °C mais alta que na era pré-industrial, na segunda metade do século 19. A medida de 1,5 °C é uma referência, pois, segundo especialistas, essa é a temperatura limite para se evitar consequências maiores e irreversíveis na Terra.
Embora dezembro ainda não tenha terminado, as previsões apontam que dificilmente a situação será diferente. Porém, vale mencionar que, por mais que a temperatura limite de 1,5 ºC acima já tenha sido registrada, ela ainda não pode ser considerada definitiva, pois é necessário que o número se repita por vários anos seguidos para tanto.
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Embora o verão ainda nem tenha começado, já vem sendo registradas altas temperaturas em diferentes regiões do Brasil. Vale mencionar que, por aqui, o calor intenso foi responsável pela pior e mais extensa seca já registrada na história recente, causando uma estiagem que afetou milhões de pessoas, especialmente no norte do país.
Era previsto que, com a chegada da estação chuvosa em outubro, a seca fosse amenizada, mas, na prática, ela atrasou em várias regiões e, nas que choveu, foi abaixo da média. Por isso, a terra segue exposta em vários rios do Norte, e a seca ainda propicia a propagação de queimadas ilegais — a maioria relacionadas ao desmatamento —, como as registradas setembro.
O Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) observou que, em novembro, cerca de 400 cidades brasileiras lidavam com a seca extrema, mas a previsão para dezembro é que o número aumente, alcançando até 1,6 mil cidades, do norte ao sul do país, conforme repercute o g1.
Vale mencionar ainda que o aumento das temperaturas acarreta outras consequências além de queimadas e secas, como as enchentes que assolaram parte do Rio Grande do Sul também neste ano, provocadas pelo aumento no volume de chuva em algumas regiões.
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