Usando uma técnica pioneira, a obra descoberta na década de 1990 finalmente pôde ter uma estimativa de criação precisa
Wallacy Ferrari Publicado em 23/02/2021, às 09h34
Uma equipe de cientistas da Universidade de Melbourne foi responsável por determinar a idade de uma obra de arte pré-histórica descoberta em Kimberley, na Austrália, durante a década de 1990.
Em parceria com outras instituições de ensino e auxílio de líderes indígenas locais, o grupo conseguiu desenvolver uma técnica acurada para estimar o período em que foi desenhada.
De acordo com o artigo científico publicado na revista Nature Human Behaviour e repercutido pelo Sputnik, a datação por radiocarbono não foi feita com lascas da pintura, visto que modificaria a arte original.
A solução foi coletar curiosos ninhos de vespas da espécie Sphecidae, que construíram ninhos por cima e por baixo de outras pinturas rupestres do mesmo local.
A constatação partiu de uma verificação simples; se os ninhos foram instalados em cima da obra, são mais antigos que a mesma — possibilitando ao menos a estimativa de uma idade mínima. A técnica também não interfere no material orgânico presente no pigmento da tinta.
Com isso, os cientistas conseguiram concluir que a pintura tem ente 17,5 mil e 17,1 mil anos, sendo a mais antiga já registrada no país.
No enredo da publicação, os pesquisadores explicam que o método pode ajudar em outras descobertas: "Muitas outras datas desse período são necessárias antes que a extensão cronológica total das pinturas ainda visíveis hoje possa ser determinada".
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