Comparação das ruínas do Titanic: 2010 e 2024 - Divulgação/RMS Titanic Inc
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112 anos depois: Nova expedição mostra deterioração do Titanic

112 anos depois, expedição mostrou em registros impressionantes a deterioração do Titanic, o naufrágio mais famoso da História

Thiago Lincolins Publicado em 02/09/2024, às 12h00

Uma nova expedição feita pela RMS Titanic Inc mostra a deterioração do naufrágio mais famoso da História. Mais de 112 anos depois, imagens mostram que a grade da embarcação, que ficou famosa no filme de James Cameron, já se encontra no fundo do mar.

Mergulhos realizados por robôs subaquáticos entre julho e agosto evidenciam a lenta mudança no que sobrou do Titanic, que repousa no fundo do Oceano Atlântico. A proa da embarcação é um claro exemplo. 

"A proa do Titanic é simplesmente icônica — você tem todos esses momentos na cultura pop — e é nisso que você pensa quando pensa no naufrágio. E não parece mais com isso", explicou à BBC Tomasina Ray, diretora de coleções da RMS Titanic Inc.

 

Desaparecimento

"É apenas mais um lembrete da deterioração que está acontecendo todos os dias. As pessoas perguntam o tempo todo: 'Por quanto tempo o Titanic vai ficar lá?' Nós simplesmente não sabemos, mas estamos assistindo em tempo real", disse Ray.

Já parte da grade do navio, de aproximadamente 4,5 m de comprimento, teria despencado em algum momento dos últimos dois anos. Em 2022, registros feitos pela Magellan, companhia que trabalha com mapeamento nas profundezas, mostravam a grade. "Em algum momento [entre 2022 e 2023] o metal cedeu e ele caiu", explicou Tomasina.

A deterioração das ruínas do Titanic ocorre, principalmente, pelas ondas de lama originadas nas correntes marítimas e micróbios, que se alimentam do ferro da embarcação.

Artefato 'perdido'

A nova expedição também revelou a localização de artefato cobiçado há muito tempo: uma estátua de bronze que era encontrada no lounge da primeira classe do Titanic. Inspirada na escultura "Diana de Versalhes", a estátua havia sido registrada pela última vez em 1986. 

Foi como encontrar uma agulha num palheiro, e redescobri-la neste ano foi importante", explicou à BBC James Penca, pesquisador do Titanic e apresentador do podcast Witness Titanic.

"O lounge de primeira classe era o mais lindo e incrivelmente detalhado quarto do navio. E a peça central daquele quarto era a 'Diana de Versalhes'", ele continuou. "Mas infelizmente, quando o Titanic se partiu em dois durante o naufrágio, o salão foi destruído. E no caos e na destruição, 'Diana' foi arrancada de seu manto e caiu na escuridão do campo de destroços."

Registro da estátua identificada na expedição - RMS Titanic Inc.

 

A RMS Titanic Inc, única empresa a ter autorização para remover o que sobrou do Titanic, quer retornar ao local do naufrágio em 2025, com o objetivo de recuperar outros objetos.

"Essa redescoberta da estátua de Diana é o argumento perfeito contra deixar o Titanic em paz", afirmou James. "Esta era uma obra de arte que deveria ser vista e apreciada. E agora essa linda obra de arte está no fundo do oceano... na escuridão total, onde ela está há 112 anos".

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