Vendida em farmácias antigamente, a bebida era indicada para fins médicos
Izabel Duva Rapoport Publicado em 08/07/2020, às 10h15 - Atualizado em 17/04/2022, às 10h00
Os primeiros refrigerantes nasceram numa época em que se confundiam as propriedades medicinais das águas minerais naturalmente gasosas.
Entre os séculos 17 e 18, muitos químicos europeus tentaram criar uma versão artificial, até que o inglês Joseph Priestley, por volta de 1770, inventou uma bomba que ajudava a fixar o gás na água. E foi assim que surgiu a soda.
Algumas décadas depois, em 1832, John Mathews desenvolveu o que ficaria conhecido como soda fountain, um aparato instalado no balcão das farmácias para produzir água com gás na hora.
Acreditava-se que o líquido tinha propriedade terapêutica e, por isso, era recomendado para diversos tipos de tratamento, de simples cólicas até poliomielite.
Na metade do século 19 já era comum encontrar fontes de soda em quase todas as farmácias dos EUA.
“Não se sabe exatamente quem foi o primeiro a colocar substâncias adoçantes e corantes na água gasosa, mas certamente isso aconteceu numa farmácia, onde as misturas eram feitas e vendidas como tônicos”, diz Jorge Fantinel, autor de Os Refrigerantes no Brasil.
As primeiras experiências foram feitas com xarope de limão: a soda limonada. E logo depois vieram as misturas com morango, noz-de-cola (fruto africano conhecido no Brasil como orobô) e ginger-ale, feito de gengibre.
Nessa época, a bebida era chamada de xarope gasoso, custava apenas 1 centavo e já era um sucesso – tão grande que fez muitas farmácias se transformarem em pontos de encontro.
As maiores marcas foram criadas quase na mesma década por ex-farmacêuticos. Charles Alderton inventou a fórmula da Dr. Pepper em 1885. No ano seguinte John Pemberton tirou da manga um concentrado à base de noz-de-cola e folhas de coca ao qual daria o nome de Coca-Cola.
Já em 1898 surgiu a Pepsi-Cola, que usava a mesma noz-de-cola e uma enzima para “ajudar na digestão”, a pepsina. Foi no início do século 20 que a soda fountain migrou para as lanchonetes.
E depois, com o surgimento das garrafas e da tampa que impedia o escape de gás, chegou às mesas do almoço de domingo.
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