Construído a pedido de Catarina, a Grande, o suntuoso castelo foi residência, quartel e museu desde sua inauguração, em 1796
Pamela Malva Publicado em 02/07/2020, às 20h30 - Atualizado às 20h52
Em meados de 1793, a imperatriz Catarina, a Grande, desejava presentear seu neto favorito com algo inesquecível. Naquele ano, Alexandre I da Rússia estava prestes a se casar com a grã-duquesa Elizaveta Alexeievna.
Como lembrança da cerimônia, então, Catarina pediu que Giacomo Quarenghi planejasse um enorme castelo. Assim, entre 1792 e 1796, o absoluto Alexander Palace foi construído, perto da cidade de Tsarskoye Selo.
Com um estilo neoclássico, o palácio ficou conhecido como a residência de Alexandre I durante todo o reinado de Catarina, a Grande, e de Paulo I da Rússia. Quando ascendeu ao trono, no entanto, o novo imperador abandonou o local luxuoso.
De mãos em mãos
Logo que tomou a coroa do Império Russo, Alexandre I presenteou seu irmão, Nicolau I, com o gigantesco castelo. O nobre, então, passou a utilizar o palácio como uma singela casa de veraneio, onde ele tirava férias com a família.
Anos mais tarde, as chaves do Alexander Palace foram entregues à Alexandre III e sua esposa, Maria Feodorovna. Foi apenas anos mais tarde que os donos mais famosos da construção colocaram os pés no local.
Absolutos no Império Russo, o último czar Nicolau II e sua esposa, Alexandra Feodorovna, se apaixonaram pelo castelo desde o primeiro dia. Com uma família numerosa, entretanto, tiveram de fazer algumas alterações na estrutura original.
Plantas e martelos
Instalados no Alexander Palace desde o episódio que ficou conhecido como Domingo Sangrento, Nicolau II e Alexandra decidiram remodelar diversos cômodos do lugar. Para o horror de toda a corte, então, contrataram o arquiteto Meltzer.
Com toques mais modernos, considerados pela nobreza como sendo de classe média, o novo czar transformou o salão principal — que tinha dois andares — e adicionou novos quartos para seus cinco filhos.
O casal não apenas alterou a estrutura do palácio como também trouxe tecnologias bastante modernas para a época. Durante seu governo, por exemplo, Nicolau II fez questão de instalar os sistemas elétricos e de telefonia.
Em meados de 1899, o czar ainda exigiu que um elevador hidráulico conectasse a suíte da imperatriz com os quartos das crianças, a fim de facilitar a mobilidade de Alexandra. Anos mais tarde, com o desenvolvimento do cinema, uma cabine de projeção foi construída em um dos salões do castelo.
A queda do império
O imponente palácio só teve suas estruturas ameaçadas na revolução que tomou a Rússia no início de 1917. O Alexander Palace, inclusive, foi o abrigo da Família Imperial durante o conflito e os protegeu daqueles que queriam derrubá-los.
O dia-a-dia no palácio seguiu normalmente, apesar da batalha e suntuosas refeições eram feitas em volta de uma grande mesa retangular. As coisas apenas mudaram quando Nicolau II abdicou do trono, em 2 de março de 1917.
Daquele dia em diante, toda a família do último czar passou a viver em prisão domiciliar, confinados e isolados pelo novo regime que se instaurava. Sem a antiga liberdade, então, os Romanov passaram a fazer atividades banais, como picar o gelo da adega e cortar os galhos das grandes árvores do jardim.
Depois dos Romanov
Após o exílio da família de Nicolau II para a Sibéria, o palácio foi transformado em um museu. A estrutura foi mantida e visitada por curiosos e entusiastas até o início da Segunda Guerra Mundial.
Com o conflito, o Alexander Palace foi ocupado pelos soldados da SS e teve grande parte de seus móveis e artefatos danificados pelos alemães. Uma vez livre dos objetos da Família Imperial, o luxuoso castelo foi transformado em um quartel general.
Anos mais tarde, depois que os exércitos de Adolf Hitler deixaram o território soviético, o palácio foi utilizado como um depósito, para as obras que retornavam à Rússia. Atualmente, o Alexander Palace funciona como um museu que abriga uma exposição permanente sobre a Família Imperial desde 1997.
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