Com uso reduzido de tecnologia moderna e roupas de época, os dois dizem que o estilo de vida do século 19 faz com que eles tenham mais contato com a natureza
Isabela Barreiros Publicado em 17/10/2019, às 10h43
Sarah e Gabriel Chrisman compartilham um amor pela Era Vitoriana, período do reinado da Rainha Vitória, entre os anos de 1838 e 1901, no Reino Unido. Mas a paixão dos dois superou o nível de apenas apreciar como se vivia na época: eles querem transportar a experiência do século 19 para o 21.
Eles vivem na cidade de Port Townsend, em Washington, nos Estados Unidos, em uma casa que foi construída no ano de 1888. A residência, como esperado, possui inúmeros artefatos antigos que datam do período admirado pelo casal.
Tudo começou quando Sarah vestiu um espartilho pela primeira vez. Ela discorda da maioria dos comentários sobre a vestimenta, dizendo que, na verdade, era confortável de usar. "Quando percebi que tudo que ouvira sobre espartilhos estava errado, comecei a me perguntar o que mais ouvi sobre a época poderia estar errado?", perguntou-se.
A partir dessa “descoberta”, o casal começou a incorporar outros elementos do período na sua rotina. Usando roupas de época e evitando o uso de tecnologia moderna, eles começaram a tentar viver como se vivia antigamente, mesmo com algumas diferenças causadas pela modernidade.
Eles usam apenas telefone fixo, internet e computador — mas ainda de forma muito restrita. A maior parte dos equipamentos da casa são antigos, incluindo um fogão a lenha, uma caixa de gelo e um aquecedor de querosene. Os Chrisman também não usam lâmpadas modernas.
"Quando começamos a usar a iluminação de época todos os dias, ficamos impressionados com o quão mais brilhante é a luz das lâmpadas a óleo antigas comparadas às reproduções modernas", disse Sarah. "Quando coisas modernas baratas inevitavelmente quebraram, as substituímos por equivalentes históricos robustos em vez de lixo moderno mais descartável", complementou.
Sem música ou televisão, eles passam maior parte do dia lendo ou escrevendo. "Meu tinteiro e o borrão que uso para secar a tinta em cada página antes de virar são antiguidades da década de 1890", comenta.
Sarah também explica que o estilo de vida faz com que eles tenham mais contato com a natureza e a forma manufaturada de produção. Ela assa o próprio pão, lava roupas à mão e costura suas próprias vestimentas, afirmando que é ”uma vida que nos mantém muito mais em contato com as estações naturais”.
Mas a escolha do casal não é bem vista por muitas pessoas. “Vivemos em um mundo que pode ser terrivelmente hostil a diferenças de qualquer tipo. As sociedades estão repletas de agressores que atacam não conformistas”, conclui.
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