Diretor e affair: 5 fatos pouco conhecidos sobre Chaves

Apreciado no Brasil por mais de quatro décadas, o seriado Chaves marcou gerações mostrando o convívio do menino do barril com os membros de uma vila ficctícia, retratando o cotidiano latino-americano com muito humor e conquistando o público em terras tupiniquins.

Porém, diversos bastidores da produção iniciada na década de 1970 chamam atenção por ainda serem de desconhecimento público apesar da grande projeção cultural da obra. Por isso, o Aventuras na História separou algumas curiosidades sobre a produção mexicana. Confira 5 fatos pouco conhecidos sobre Chaves:

1. Primeira aparição

A primeira turma do elenco foi composta no final dos anos 1960, formada pelo criador Roberto Gomes Bolaños, Ramón Valdés, Maria Antonieta de las Nieves e Rubén Aguirre, que integravam o programa Chespirito e realizavam esquetes teatrais de temas variados. Em 1972, o primeiro segmento como Chaves foi feito, apenas como um trecho dentro do programa "Chespirito".

Após 11 esquetes na vila, Bolaños notou que poderia aproveitar o apreço popular e criar uma série própria, iniciando, no ano seguinte, a transmissão original de "El Chavo del Ocho", com episódios próprios do menino do barril, além de integrar Florinda Meza, Carlos Vilagrán, Édgar Vivar e Angelines Fernández.

2. Quem dirigia Chaves?

Se o criador e principal roteirista da série era o intéprete do protagonista, logo alguma outra pessoa deveria ser responsável por coordenar o jogo de câmeras, os efeitos e os atores em cena; trata-se de Enrique Segoviano, que conduziu a atração em seus cinco primeiros anos.

Produtor da Televisa, ele nasceu na República Dominicana e nunca apareceu em cena, mas era conhecido pelos espectadores por ser o único nome que era anunciado pelo locutor de abertura além dos atores.

3. Bem acompanhada

Florinda Meza, atriz que dá a vida a Dona Florinda, aparece em cenas de romantismo sempre ao lado do quimérico Professor Girafales, com direito a corações e trilha musical. Contudo, nos bastidores da série, ela teve um relacionamento com o diretor do seriado, Segoviano, como revelou à TV Asteca em 2015. Além disso, namorou o intérprete de Kiko, Carlos Vilagrán, como noticiamos anteriormente, e em 2004 casou-se com o ator de Chaves, sendo a última esposa de Bolaños ao acompanhá-lo até o falecimento em 2014.

4. Fora do estúdio

Apesar de contar com episódios na rua e em um restaurante, os cenários de Chaves nunca ultrapassavam os estúdios da emissora onde era produzido, chegando a aproveitar cenários de outras novelas para as gravações.

Uma exceção, no entanto, se dá em um clássico episódio triplo: as "Férias em Acapulco". Estes foram registrados no Acapulco Continental Hotel, que pertencia ao então proprietário da emissora Televisa, Emílio Azcágarra Milmo, obtendo tranquilamente a liberação para o especial praiano.

5. Motivo do fim

Bolaños explicou, no início dos anos 1990, que o fato de ultrapassar 60 anos e personificar uma criança de 8 era visto como um desafio. Por isso, a última esquete do Chaves ocorreu dentro do programa Chespirito, em 1992.

Em entrevista à RTVE da Espanha, em 1996, ele deu detalhes sobre o personagem: “Na realidade, o programa durou 25 anos ininterruptamente. Isso é fácil, mas é muito. E tanto Chaves como Chapolín completaram um ciclo muito importante, que quero respeitar".