Erwin Tumiri, sobrevivente do acidente aéreo da LaMia - Arquivo pessoal
Chapecoense

Chapecoense: homem que sobreviveu à tragédia escapou de acidente de ônibus em 2021

Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes da tragédia da Chapecoense, escapou de acidente de ônibus em 2021; relembre

Redação Publicado em 14/08/2024, às 18h44 - Atualizado às 18h54

Em 2021, Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes do trágico acidente aéreo da LaMia em novembro de 2016, que vitimou 71 pessoas, incluindo parte do time da Chapecoense, viveu mais um episódio de risco de vida. No dia 2 de março daquele ano, o ônibus em que ele viajava sofreu um grave acidente na rodovia Cochabamba-Santa Cruz.

Conforme noticiado na época pela emissora de TV Red Uno, afiliada da CNN, Tumiri estava entre os 45 passageiros do ônibus que despencou em um barranco de 150 metros no quilômetro 72 da estrada interdepartamental, na região conhecida como El Cañadón.

O acidente

Em entrevista à Red Uno diretamente da clínica onde se recuperava, Tumiri descreveu o momento do acidente: "Agarrei-me ao assento e inclinei-me para trás". Ele expressou sua incredulidade ao emergir ileso mais uma vez: "Mais uma vez, não posso acreditar", afirmou. "Sinto-me muito abençoado", acrescentou.

Quando questionado sobre suas reflexões em relação ao acidente aéreo da LaMia, Tumiri revelou sua fé: "O que eu sempre faço, mesmo nessa hora, é me entregar a Deus e nada vai acontecer comigo".

Tumiri estava em recuperação na clínica Arébalo em Cochabamba. Segundo a Red Uno e confirmado pela CNN, ele chegou a passar por uma cirurgia e encontrava-se em estado estável.

O acidente da Chapecoense

No documentário "Dossiê Chapecó: O Jogo Por Trás da Tragédia", Tumiri, que era comissário, relembrou o trágico acidente que vitimou grande parte do time da Chapecoense. 

"Esperamos a chegada do time da Chapecoense. Nisso, já eram seis da tarde e tivemos problemas com o combustível. Não tinha combustível em um caminhão, aí trouxeram outro caminhão. Eram tantas travas que parecia até que algo nos dizia que não, que não saíssemos, que não fôssemos", disse ele.

Ele também explicou o que sentiu quando começou a sentir as 'vibrações' na aeronave. 

"Ouvíamos o silêncio. Aí, primeiro, começou a vibrar [o avião]. Naquele momento, pensei que eram só vibrações, pois estava chovendo. Pensei: 'Não, ainda não aterrissamos, o que está acontecendo?'. Comecei a me inquietar com as coisas", afirmou ele.

Em 2016, durante entrevista ao jornal boliviano La Razón, o boliviano revelou como se protegeu no momento da queda. 

"Sobrevivi porque segui todos os protocolos de segurança - disse o comissário de bordo. - Com a situação de pânico, muitos se levantaram dos assentos e começaram a gritar. Coloquei umas malas entre as pernas e fiquei na posição fetal, recomendada para acidentes", explicou Tumiri.

As investigações sobre a tragédia aérea concluíram que o avião não passou por um problema técnico; a queda ocorreu diante de uma pane seca resultado do esgotamento de combustível.

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