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Matérias / Rio de Janeiro

Veja 5 lugares do Rio de Janeiro que não existem mais

De teatro que virou estacionamento até parque de diversões que foi sucesso entre os cariocas, esses cinco lugares já não existem mais no Rio

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 07/07/2024, às 11h00

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Lugares do RJ que não existem mais (Cine Metro, Teatro Recreio e Tivoli Park) - Divulgação e Arquivo Nacional
Lugares do RJ que não existem mais (Cine Metro, Teatro Recreio e Tivoli Park) - Divulgação e Arquivo Nacional

Maracanã, o Cristo Redentor, os Arcos da Lapa… o Rio de Janeiro é repleto de cartões postais que só comprovam o seu apelido de Cidade Maravilhosa. Esses pontos turísticos e importantes na cultura carioca sempre farão parte da história da cidade. 

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Entretanto, anos atrás, outros locais — turísticos, históricos e culturais — também fizeram parte do Rio, só que hoje não existem mais. Veja cinco lugares que ‘desapareceram’ com o tempo!


1. Cine Metro

Considerados as melhores salas de projeção do Rio de Janeiro, os cinemas Metro eram modelos de conforto e qualidade. Tanto foi sua excelência que Adolfo Cruz, que comandava o programa Cinelândia Matinal, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, costumava dizer que as pessoas pagavam o ingresso apenas para utilizar seus banheiros. 

O Rio de Janeiro teve três unidades do Cine Metro: o Metro Passeio, no Passeio Público, inaugurado em 1936 e que abrigava 1.397 pessoas; o Metro Tijuca e o Metro Copacabana, inaugurados em 1941. Todos projetados por Robert Prentice.

Cine Metro Passeio foi recriado no documentário "Cine Metro: Experiência Imersiva" - Divulgação

Tanto o Metro Tijuca quanto o Metro Copacabana foram demolidos nos anos 1970. O Metro Passeio, por sua vez, chegou a ser substituído pelo Metro Boavista nos anos 1960, mas acabou desativado na década de 1980.


2. Teatro Recreio 

No século 19, a região central do Rio de Janeiro concentrava um grande número de teatros. Um dos mais conhecidos e renomados era o Teatro Recreio Dramático, inaugurado em 1877 — quando recebeu o nome de Teatro des Varietées, por Eugene Roger.

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Teatro Recreio - Arquivo Nacional

Conforme explica o jornalista e professor de História do Teatro Marcos Santos, autor do livro "Popularíssimo: o ator Brandão e seu tempo", o prédio que ficava o teatro foi adaptado de uma fábrica de sabão; que havia sido desativada no ano anterior. 

Dois anos depois da inauguração, o espaço passou a se chamar 'Brasilian Garden', só recebendo o nome definitivo de Teatro Recreio Dramático em 1880. O espaço cultural tinha 20 camarotes, 508 cadeiras, 2 frisas, 60 galerias nobres, 223 cadeiras numeradas e cerca de 500 entradas gerais. 

Após anos de glória, o Teatro Recreio Dramático acabou fechando, sendo demolido em 1968 e, atualmente, o espaço abriga um estacionamento e uma escadaria ligando a Rua 21 de abril à Avenida Chile.


3. Morro do Castelo 

Acidente geográfico que existiu no Rio de Janeiro, o Morro do Castelo foi um dos pontos de fundação da cidade em meados do século 16. O local abrigou grandes marcos históricos, como fortalezas coloniais e até mesmo os edifícios dos jesuítas.

Conforme explica Laurentino Gomes em "1808", a região já era considerada prejudicial à saúde dos cariocas desde os tempos de Dom João VI, que apontava que o acidente geográfico dificultava a circulação dos ventos e também impedia o livre escoamento das águas. 

Assim, o Morro do Castelo, ao longo dos anos, passou a ser considerado um espaço inviável para o projeto de urbanismo e progresso do Rio de Janeiro. Após assumir a prefeitura, Carlos Sampaio iniciou a reforma urbana responsável pelo desmonte total do Morro do Castelo, em 1920

Vista do Morro do Castelo, tomada do Palácio de festas, de Augusto Malta - Fundação Biblioteca Nacional

Aquela altura, a cidade se preparava para receber Exposição Internacional do Centenário da Independência, em 1922, e no espaço do Morro do Castelo ficariam instalados os pavilhões e palácios da exposição.


4. Tivoli Park 

Situado na Lagoa Rodrigo de Freitas, o parque de diversões Tivoli Park foi inaugurado em 1972 — o nome é uma homenagem ao Tivoli Gardens, um dos parques mais antigos do mundo, construído no século 19, em Copenhague, na Dinamarca.

Com uma roda-gigante que permitia admirar uma paisagem deslumbrante do coração da Cidade Maravilhosa, o Tivoli Park também era conhecido pela correria de pessoas assustadas após se depararem com a Mulher Conga. 

Tivoli Park - Divulgação/José Roberto Couto/Tivoli Park

O auge do espaço foi durante os anos 1980. Por lá também funcionava o Circo Orlando Orfei, que era do mesmo proprietário do parque. Símbolo da juventude, o Tivoli Park encerrou suas atividades em 1995.


5. Praia do Russel

Antes chamada de praia Dom Pedro I, a Praia do Russel mudou para esse nome em 1869, quando se iniciou os trabalhos da Rio de Janeiro City Improvements Limited — primeira empresa de tratamento de esgotos da cidade do Rio. 

O nome de Praia do Russel se deu pelo fato da City, como a empresa era conhecida, pertencer a um banco inglês que havia adquirido a concessão para explorar os serviços de tratamento de esgoto do Rio. A companhia pertencia ao engenheiro filho de ingleses, João Frederico Russel.

Praia do Russel - Acervo do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro

No entanto, em 1920, o palacete onde Russel morava acabou sendo demolido em 1920, para a construção do Hotel Glória. Já a Praia do Russel, que era uma continuação da Praia do Flamengo, desapareceu completamente nos anos 1960, explica O Globo, com a criação do Aterro do Flamengo.