Recém-eleito, o presidente americano Donald Trump prometeu dispensar as tropas transgênero que atuam nas forças armadas quando tomar posse
Publicado em 26/11/2024, às 11h00
Com a recente reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, milhares de militares transgênero do país podem estar prestes a perder a posição nas forças armadas. Assim que tomar posse, Trump tem como uma de suas mais enfáticas promessas de campanha acabar com o que, em seus comícios, chamava de "loucura trans".
Segundo o The Times, o presidente deverá emitir, a partir de janeiro, uma nova ordem em que cerca de 15 mil militares trans devem ser removidos do serviço militar, além de impedir futuros alistamentos de pessoas transgênero, por motivos médicos. Até o momento, essa proposta não foi confirmada pela equipe de Trump, mas a medida já foi amplamente defendida pelo presidente.
Em seus comícios, conforme repercute o g1, ele já disse que proibiria o Departamento de Assuntos de Veteranos de gastar "um único centavo para financiar cirurgias transgênero ou procedimentos de mudança de sexo".
Esses preciosos dólares dos contribuintes deveriam ser destinados a cuidar de nossos veteranos necessitados, não para reembolsar experimentos radicais de gênero para a esquerda comunista. Também restaurarei a proibição de transgêneros nas forças armadas", acrescentou Trump em suas falas.
Pete Hegseth, apresentador da Fox News e indicado por Trump para ser secretário de Defesa do novo governo, ainda reforça a medida de expulsão, criticando o foco militar em diversidade e inclusão, argumentando que "pessoas trans trazem complicações". Veterano em duas guerras, ele sugeriu a demissão do presidente do Estado-Maior Conjunto, o general da Força Aérea CQ Brown, bem como outros oficiais por "envolvimento em iniciativas woke".
Antes da eleição de Trump, Hegseth também condenou a liderança "afeminada" nas forças armadas, e anunciou que o próximo comandante faria uma "limpeza" no setor.
Em 2017, quando Trump começou seu primeiro mandato como presidente, ele chamou atenção ao reverter uma decisão de seu antecessor, Barack Obama, que autorizava o ingresso de pessoas trans nas forças armadas, alegando que não gastaria mais verbas do estado em cirurgias.
Porém, com a eleição de Joe Biden, a proibição foi anulada, com a garantia do novo presidente de que qualquer indivíduo que se identificasse como trans poderia ingressar e servir em seu gênero de identificação. Agora, com o novo mandato, ao que tudo indica, é que Trump manterá o costume de desmontar essa estratégia de seu antecessor, o que deixa os militares trans à mercê do vaivém das ordens executivas que variam conforma o mandato presidencial.