“Não consigo expressar o quão rara é esta descoberta”, disse um dos especialistas envolvidos nas escavações subaquáticas
Um artigo do International Journal of Nautical Archaeology revelou a descoberta de restos de um naufrágio datado do século 7 d.C, após uma escavação subaquática na costa de Israel.
Por estar localizada em um ponto de interseção de correntes marítimas, a escavação dos tesouros exigiu um cuidado especial, que fez com que eles demorassem mais de três anos de mergulhos para serem desenterrados.
Tratava-se de um mastro e de velas preservados por estarem fundo o suficiente na areia para terem ficado inacessíveis à água e o oxigênio, que poderiam tê-los destruído com o tempo.
“Este mastro é um achado único”, disse Maayan Cohen, do Departamento de Civilizações Marítimas da Universidade de Haifa, em entrevista The Jerusalem Post . “Não consigo expressar o quão rara é esta descoberta”. O pesquisador explicou que era a primeira vez na arqueologia subaquática que um mastro foi descoberto em meio aos restos de um naufrágio.
As velas encontradas eram de lã de altíssima qualidade, e as vigas de madeira mostravam sinais que tinham sido muito bem-cuidadas quando o navio ainda estava sendo usado.
Outros achados do naufrágio revelam mais aspectos da vida em uma embarcação mercante da Antiguidade Tardia: tijolos de argila mostram que os marujos cozinhavam suas refeições, e foram encontradas peças de jogos usados para passar o tempo no alto-mar.