Governo Trump divulgou mais de 2.000 documentos relacionados ao assassinato do presidente John F. Kennedy, e informações confidenciais vieram à tona
Na última terça-feira, 18, o governo Trump divulgou mais de 2.000 documentos relacionados ao assassinato do presidente John F. Kennedy, provocando uma corrida por qualquer informação reveladora nos arquivos. As informações são repercutidas por jornais dos EUA, como o Washington Post.
Enquanto o W. Post continua a analisar as mais de 60.000 páginas liberadas, nada até o momento altera a ideia de que Lee Harvey Oswald foi o único atirador no crime de 1963. No entanto, os arquivos agora sem edições revelam detalhes sobre agentes e operações da CIA que permaneceram em sigilo por décadas.
Essas informações foram mantidas em segredo por autoridades de segurança nacional, afirmou Larry Schnapf, advogado que pressiona o governo pela liberação dos documentos desde 2017. Segundo ele, as novas revelações indicam que o governo classifica um número excessivo de documentos como confidenciais.
"Podemos ver como esse termo foi abusivamente usado", disse Schnapf ao jornal americano.
Um dos documentos revela que Manuel Machado Llosas – tesoureiro do movimento revolucionário mexicano e amigo do líder cubano Fidel Castro – era um agente da CIA.
Conforme o arquivo, Machado Llosas deveria ser enviado à Cidade do México, onde a agência planejava usá-lo para monitorar as atividades de revolucionários cubanos. Além disso, sua proximidade com Castro e outros líderes cubanos faria dele um recurso estratégico para ações políticas.
O relatório deixa claro que Llosas ocupava uma posição de prestígio no contexto revolucionário cubano.
Outro memorando de 1965, intitulado “Assuntos Cubanos no Departamento de Defesa”, detalha o perfil de Fidel, liderança que os Estados Unidos buscavam desestabilizar. O relatório indicava que Castro não tinha interesse em um conflito direto com os EUA, pois isso colocaria em risco a própria sobrevivência de seu regime.
“O provável é que Castro intensifique seu apoio às forças subversivas na América Latina”, destaca o documento.