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Notícias / Putin

Putin se desculpa após queda de avião da Azerbaijan Airlines que matou 38

Em conversa por telefone com o presidente azerbaijano neste sábado, 28, Putin não assumiu responsabilidade pelo acidente

Redação Publicado em 28/12/2024, às 12h00

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Registro do acidente - Reprodução/Vídeo/Youtube
Registro do acidente - Reprodução/Vídeo/Youtube

Neste sábado, 28, o presidente russo, Vladimir Putin, manifestou suas condolências ao presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, em decorrência do trágico acidente envolvendo um avião Embraer 190 da Azerbaijan Airlines, que resultou na morte de 38 pessoas.

Em um comunicado oficial, o Kremlin revelou: "O presidente Vladimir Putin pediu desculpas pelo incidente trágico ocorrido no espaço aéreo russo e mais uma vez expressou suas profundas e sinceras condolências às famílias das vítimas, além de desejar uma rápida recuperação aos feridos".

Conforme reportado pela agência Interfax, a justificativa do presidente Putin ao seu homólogo azerbaijano foi que a queda do avião aconteceu em território russo. Durante a conversa, Putin apoiou a narrativa apresentada pela autoridade civil de aviação da Rússia, que alegou que a aeronave estava tentando pousar em Grozny quando foi atingida por um ataque de drones ucranianos, resultando na queda no Cazaquistão.

O avião

O voo J2-8243 partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Chechênia. O avião foi forçado a realizar um pouso emergencial próximo à cidade de Aktau, no Cazaquistão. Ao todo, 38 pessoas perderam a vida e 29 ficaram feridas no incidente.

Investigações iniciais sugerem que um sistema de defesa aérea russo pode ter sido o responsável pela queda do avião, confundindo-o com um drone. Putin admitiu durante a conversa que o sistema de defesa estava ativo no momento e buscava abater drones ucranianos que estariam atacando a aeronave.

Imagens divulgadas recentemente mostram danos significativos na fuselagem do avião. O presidente Aliyev mencionou a Putin que a investigação realizada pela Azerbaijan Airlines sugere que houve "interferência externa e técnica" durante o voo. Passageiros relataram ter ouvido explosões antes da queda.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também se manifestou sobre o incidente e conversou com Aliyev, ressaltando que a Rússia deve fornecer esclarecimentos sobre os eventos ocorridos. O acidente gerou uma série de versões conflitantes entre as partes envolvidas: Rússia, Cazaquistão, Azerbaijão e Ucrânia.

Dentre as 67 pessoas a bordo, 62 eram passageiros e cinco eram tripulantes; o acidente resultou em 38 mortes e 29 feridos. Os passageiros eram oriundos do Azerbaijão, Cazaquistão, Rússia e Quirguistão.

Um oficial do governo dos EUA informou à Reuters que existem "indicações preliminares" apontando para um sistema de defesa russo como causa do acidente. As primeiras análises indicam que o avião foi atingido por um Pantsir-S, sistema de defesa aérea russo. Além disso, sistemas de guerra eletrônica teriam paralisado o GPS da aeronave durante sua aproximação a Grozny.

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