Yoon Suk-Yeol foi preso após tentativa frustrada de lei marcial em dezembro; prisão do presidente gerou onda de protestos de apoiadores e opositores
Redação Publicado em 15/01/2025, às 07h34
O presidente Yoon Suk-Yeol, da Coreia do Sul, foi preso na tarde de ontem, terça-feira, 14, após uma tentativa frustrada de aplicar lei marcial em dezembro do ano passado. A ação, que mobilizou mais de três mil agentes, foi marcada por intensas negociações com a equipe de segurança presidencial antes que a polícia sul-coreana conseguisse entrar na residência oficial para efetuar a prisão. A operação foi relatada pela agência de notícias Yonhap.
Enquanto era conduzido pelos agentes, Yoon Suk-Yeol criticou as circunstâncias da prisão. "É deplorável que o procedimento tenha sido realizado de forma coercitiva com um mandado inválido", declarou a jornalistas, segundo o portal UOL.
Para acessar a residência, os policiais precisaram usar escadas e enfrentar uma série de obstáculos, incluindo veículos que formavam barricadas ao redor do edifício. Além disso, houve confronto com advogados e membros do partido de Yoon, que tentaram impedir o cumprimento do mandado.
O vice-diretor da Agência de Segurança Nacional, Kim Seong-hoon, também foi detido. Segundo o jornal sul-coreano Chosun, ele é acusado de obstruir as investigações ao não atender os pedidos da polícia para colaborar no caso contra o presidente.
A prisão gerou manifestações opostas em frente à residência presidencial. Cerca de 8,7 mil apoiadores de Yoon protestaram contra a detenção, classificando-a como ilegal, enquanto cerca de 200 opositores comemoraram a ação policial e pediram para que os manifestantes favoráveis não interferissem.
Esta foi a segunda tentativa de prender Yoon Suk-Yeol. Na primeira, em 3 de janeiro, tropas militares e guardas presidenciais impediram a detenção do líder afastado.
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