Com três episódios, nova série documental aborda sobre o ataque ao Millennium Dome, um dos assaltos mais audaciosos da história do Reino Unido
A nova série documental da Netflix, Os Ladrões de Diamantes (The Diamond Heist), estreia no próximo dia 16 e promete prender a atenção dos espectadores com uma história tão inacreditável que parece ficção.
Com produção executiva de Guy Ritchie, que foi indicado ao Emmy, a produção de três episódios reconta um dos assaltos mais audaciosos da história do Reino Unido: a tentativa de roubo do lendário diamante Millennium Star, avaliado em impressionantes £350 milhões — o equivalente a mais de R$ 2,6 bilhões!
A seguir, confira cinco pontos essenciais sobre o caso:
No ano 2000, um grupo de criminosos do sudeste de Londres planejou invadir o recém-inaugurado Millennium Dome, em Greenwich, em plena luz do dia. A ideia era destruir a vitrine de segurança da exposição de diamantes De Beers, roubar a pedra preciosa e fugir de lancha pelo rio Tâmisa.
O plano envolvia o uso de uma escavadeira para romper a cerca do local e granadas de fumaça para criar confusão, enquanto os ladrões tentavam romper o vidro à prova de bombas com pistolas de pregos e marretas.
Antes mesmo da tentativa de roubo, a polícia já suspeitava da gangue. O Serviço de Polícia Metropolitana criou uma operação secreta chamada "Magician", a maior e mais cara já conduzida pelo Flying Squad, unidade especializada em crimes de alto risco.
Durante meses, agentes monitoraram os suspeitos, especialmente após duas tentativas frustradas de assaltos a carros-fortes usando lancha para fuga — o que chamou a atenção dos investigadores. A polícia então armou uma emboscada cinematográfica, com agentes escondidos em túneis sob o Domo e à espera em barcos no Tâmisa.
Em 7 de novembro de 2000, os criminosos colocaram o plano em ação. Usaram a escavadeira para arrebentar a cerca e dirigiram até a vitrine onde o diamante estava guardado. Jogaram bombas de fumaça, usaram pistolas de pregos para enfraquecer o vidro e chegaram a centímetros do prêmio.
No entanto, a polícia os surpreendeu com um ataque coordenado, prendendo os criminosos antes que pudessem escapar. Como destacou o portal My London, um dos agentes envolvidos relatou o medo de que os assaltantes usassem reféns caso se desesperassem. Felizmente, a ação foi rápida e ninguém saiu ferido.
O julgamento do grupo aconteceu um ano depois, em 8 de novembro de 2001, no tribunal de Old Bailey. Dos sete acusados, apenas seis estavam presentes, já que um havia falecido. Os dois líderes da gangue, Raymond Beston e William Cockram, foram condenados inicialmente a 18 anos, pena que mais tarde foi reduzida para 15.
Outros membros receberam penas de 4 a 15 anos, com variações conforme o envolvimento no crime. Um dos acusados foi inocentado de parte das acusações, mas ainda assim condenado por conspiração.
A série documental da Netflix não foi a primeira produção a respeito do crime. Segundo o portal Metro, a tentativa de roubo ao Millennium Dome já havia sido retratada anteriormente, como no livro "Dome Raiders: Como a Scotland Yard frustrou o maior roubo de todos os tempos", escrito pelo detetive superintendente Jon Shatford em coautoria com William Doyle.
Na televisão, o caso foi explorado em um episódio da série Os Maiores Assaltos da Grã-Bretanha e no especial "The Millennium Dome Heist with Ross Kemp" (O assalto ao Millennium Dome com Ross Kemp), exibido pela emissora ITV em 2020.
No caso da nova produção da Netflix, que estreia em 16 de abril, o público terá acesso a uma abordagem inédita, com imagens de vigilância e registros fotográficos nunca antes vistos. A direção é de Jesse Vile, e a produção executiva reúne nomes como Simon Chinn, Jonathan Chinn, Suzanne Lavery e Ivan Atkinson.
