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Notícias / Rússia

O que diz o empresário mais rico da Rússia sobre o conflito?

Putin deseja confiscar ativos de empresas ocidentais que deixaram a Rússia e Potain alerta o Kremlin. Entenda!

Redação Publicado em 12/03/2022, às 13h36

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Vladimir Potanin, presidente da Norilsk Nickel - Wikimedia Commons / Council.gov.ru
Vladimir Potanin, presidente da Norilsk Nickel - Wikimedia Commons / Council.gov.ru

Na última quinta-feira, 9, Vladimir Potanin, o empresário mais rico da Rússia alertou o Kremlin após Vladimir Putin ameaçar confiscar ativos de empresas ocidentais que suspenderam as operações no país.

No vídeo postado pelo Kremlin e veiculado na mídia estatal, Putin, o presidente da Rússia, disse que um plano para introduzir “gestão externa” de empresas estrangeiras que deixaram o território deveria ser implementado.

Precisamos agir de forma decisiva com aquelas [empresas] que vão encerrar sua produção. É preciso, então… introduzir gestão externa e depois transferir esses empreendimentos para quem quiser trabalhar”, declarou o presidente.

Potanin, presidente e acionista da Norilsk Nickel, disse que essa ação levaria o país “de volta cem anos, até 1917, e as consequências de tal passo — desconfiança global da Rússia por parte dos investidores — experimentaríamos por muitas décadas”.

A decisão de muitas empresas de suspender as operações na Rússia é, eu diria, um tanto emocional por natureza e pode ter sido tomada como resultado de uma pressão sem precedentes da opinião pública no exterior. Provavelmente elas irão voltar e, pessoalmente, eu manteria essa oportunidade aberta”, declarou Potanin na conta do Telegram da Norilsk Nickel.

Além disso, a organização de direitos do consumidor da Rússia elaborou uma lista com 59 empresas como Apple, McDonald’s e Microsoft que decidiram sair do país, mas que podem ser nacionalizadas, de acordo com um relatório do jornal russo Izvestiya citado posteriormente pela agência de notícias estatal TASS.

A nacionalização dessas empresas poderia permitir que “proprietários mantenham propriedades e empresas evitem o colapso, continuem a produzir produtos e paguem dinheiro aos funcionários” declarou Potanin após dizer que a ação não era particularmente conveniente.

Entendo que, à luz das restrições econômicas dirigidas contra a Rússia, pode haver um desejo compreensível de agir de forma simétrica, mas no exemplo dos países ocidentais, vemos que as economias desses países sofrem com a imposição de sanções contra a Rússia. Devemos ser mais sábios e evitar um cenário em que sanções retaliatórias nos atinjam”, continuou ele.

Por fim, Potain estimou que um calote de cerca de US$ 480 bilhões poderia vir a torna sob a dívida externa do país caso a Rússia não diminua as restrições da moeda estrangeira para que os juros possam ser pagos em títulos e empréstimos estrangeiros.