Escritor britânico, conhecido por "Sandman", é alvo de denúncias por comportamento predatório e manipulação; confira detalhes
Um dossiê explosivo publicado pela revista norte-americana Vulture nesta segunda-feira, 13, trouxe à tona graves acusações de abuso sexual contra o escritor britânico Neil Gaiman.
Oito mulheres, entre elas ex-funcionárias e fãs, relatam ter sido vítimas de comportamentos predatórios e manipulação por parte do autor, conhecido por obras como "Coraline" e "Sandman", adaptação de sucesso da Netflix.
As denúncias, que abrangem um período de 1986 a 2022, descrevem um padrão de comportamento de Gaiman em que ele supostamente forçava as mulheres a praticar atos sexuais, muitas vezes sob a justificativa de práticas BDSM (Bondage, Disciplina, Sadismo, Masoquismo), sem o consentimento prévio e adequado das vítimas. A maioria das mulheres tinha entre 20 e 22 anos nos momentos em que os abusos ocorreram, sendo a mais jovem delas com 18 anos.
Um dos relatos mais detalhados é o de Scarlett Pavlovich, que trabalhou como babá para o filho do escritor. Ela afirma ter sido agredida sexualmente por ele em diversas ocasiões, incluindo um episódio em que ele a teria forçado a ter relações sexuais usando manteiga como lubrificante. Outro caso citado é o de Katherine Kendall, que conheceu o britânico como fã e alega ter sido assediada por ele em seu ônibus de turnê.
A defesa de Neil, por sua vez, não nega a existência das relações sexuais, mas afirma que todas foram consensuais. O escritor alega que as acusações são falsas e que as relações foram construídas com base em consentimento mútuo.
A publicação do dossiê pela revista Vulture gerou grande repercussão nas redes sociais e na mídia especializada. A comunidade literária e os fãs de Gaiman se dividem entre aqueles que acreditam nas acusações e defendem as vítimas, e aqueles que defendem a presunção de inocência do escritor até que sua culpa seja comprovada em um tribunal de justiça.
É importante ressaltar que as acusações contra Neil Gaiman ainda não foram provadas judicialmente. O caso segue em investigação e a Justiça terá a palavra final sobre a culpabilidade do escritor.
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