Em entrevista ao The New York Times, o diretor Ridley Scott revelou o que fez para convencer ator a não deixar o projeto: "foi um verdadeiro desafio"
O diretor Ridley Scott, de 86 anos, revelou detalhes interessantes sobre o clássico 'Gladiador' (2000) e sua sequência, 'Gladiador 2' (2024), em uma entrevista recente ao NY Times.
Durante a conversa, Scott recorreu a algumas dificuldades que teve ao trabalhar com o elenco na produção do primeiro filme e destacou o caso de um nome em especial: Joaquin Phoenix.
Segundo o diretor, Phoenix chegou a considerar abandonar o papel do imperador Commodus no meio das filmagens: "Ele estava vestido com as roupas de príncipe e simplesmente disse: 'Eu não consigo fazer isso."
Scott ainda detalhou as reações que a afirmação do ator gerou no elenco: "Eu perguntei, 'O quê?' E Russell Crowe respondeu: 'Isso é extremamente antiético'".
Apesar disso, o diretor foi discreto ao falar sobre como conseguiu convencer o ator a continuar: "Posso agir como um irmão mais velho ou até como um pai. Mas sou um grande amigo do Joaquin. 'Gladiador' foi um grande desafio para nós dois desde o início."
Phoenix, que recentemente ganhou o Oscar de melhor ator por seu papel em 'Coringa' (2019), tem causado polêmicas em outros projetos.
Em um caso recente, ele abandonou um filme do diretor Todd Haynes ('Segredos de um Escândalo') apenas cinco dias antes do início da gravação. A produtora do longa chegou a classificar sua saída como “criminosa”.
Embora Phoenix não tenha dado declarações sobre os motivos dessa resistência, especula-se que a decisão possa estar relacionada a sequências sensíveis do filme, incluindo temas de sexo gay. Relatos da mídia apontam que o ator teria se sentido “intimidado” pelas cenas.
Outro exemplo envolvendo Phoenix é o caso do filme 'Fragmentado' (2016). O ator James McAvoy revelou que conseguiu o papel principal após Phoenix desistir da produção em apenas duas semanas do início da gravação. “Foi realmente em cima da hora”, lembrou McAvoy.