Ernest Johnson, de 61 anos, foi morto na última terça-feira, 5, por crime cometido na década de 1990
O cidadão norte-americano Ernest Johnson, de 61 anos, foi morto no último dia 5 por meio de uma injeção letal na penitenciária de Bonne Terre, no estado do Missouri. Parlamentares dos EUA e até mesmo o papa Francisco haviam realizado apelos para as autoridades locais, pedindo que poupassem a vida do homem, mas não obtiveram sucesso.
Johnson foi condenado à pena de morte pelo assassinato de três funcionários de uma loja em Columbia, no ano de 1994. Ele assaltou o estabelecimento com o objetivo de conseguir dinheiro para comprar drogas e matou as vítimas com golpes de martelo.
Contudo, de acordo com o portal de notícias UOL, a defesa do preso sempre alegou que seu cliente tinha sérios transtornos mentais.
Os advogados de Johnson disseram em um processo na Suprema Corte que o condenado obteve uma média de 67 nos testes de QI, o que significa que ele teria deficiência intelectual. Eles ainda afirmaram que mesmo a mãe e o irmão de Ernest sofriam do mesmo problema.
No entanto a Justiça do Missouri não aceitou o pedido, ignorando a decisão da Suprema Corte que proíbe a execução de pessoas com problemas mentais no país. O governador do estado, Mike Parson, também ignorou um apelo realizado pelo papa para não seguir com a decisão.
O pedido em nome do pontífice havia sido feito por meio de um representante do Vaticano nos EUA, Christophe Pierre.
"Em nome do Santo Padre, eu peço a você que suspenda a execução de Johnson e garanta a ele alguma forma apropriada de clemência", dizia uma carta escrita por Pierre, a qual foi endereçada ao governador no fim de setembro.
O caso levantou o debate sobre tratamentos diferenciados da Justiça americana para com os presos dependendo de sua cor de pele, uma vez que o condenado era um homem negro.