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Notícias / Museu do Ipiranga

Museu do Ipiranga exibe móveis feitos nos últimos 400 anos

Com abertura na próxima terça-feira, 11, às 10h, a exposição revela a evolução de diferentes tipos de móveis ao longo do tempo

Redação Publicado em 10/06/2024, às 15h18

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Móveis que estarão na exposição temporária - Divulgação/Museu do Ipiranga
Móveis que estarão na exposição temporária - Divulgação/Museu do Ipiranga

Bancos, cadeiras, sofás, caixas, cômodas, escrivaninhas, guarda-roupas, redes, esteiras e camas. Todos esses itens fazem parte do nosso cotidiano e revelam como atendemos três necessidades básicas: sentar, guardar e dormir.

Com foco nessas ações humanas e nas soluções criativas adotadas em diferentes épocas, o Museu do Ipiranga apresenta a exposição “Sentar, Guardar, Dormir: Museu da Casa Brasileira e Museu Paulista em Diálogo”. A mostra, que será inaugurada em 11 de junho, às 10h, exibe móveis produzidos do século 16 ao século 21, refletindo as demandas de cada período.

As 164 peças escolhidas estabelecem um diálogo entre os acervos do MCB (Museu da Casa Brasileira), com 118 móveis, e do Museu Paulista, com 46 peças, destacando a complementaridade das coleções das duas instituições estaduais paulistas.

Além disso, os itens evidenciam a diversidade cultural e social brasileiras, abordando as heranças indígena, portuguesa e afro-brasileira, além das influências das diversas imigrações e migrações que moldaram nossa sociedade.

Para facilitar a interação com o público, a exposição foi organizada por tipos de móveis, permitindo uma comparação clara entre as formas de desenvolvimento do mobiliário, seja por métodos artesanais ou industriais. Ela está instalada no salão de exposições temporárias, um espaço moderno, acessível e climatizado, com 900 m², localizado no piso Jardim, o novo pavimento do Museu do Ipiranga. A entrada para a mostra é gratuita.

A curadoria é dos docentes do Museu Paulista, Maria Aparecida de Menezes Borrego e Paulo César Garcez Marins, e do convidado Giancarlo Latorraca, arquiteto e ex-diretor técnico do Museu da Casa Brasileira. Também colaboraram na curadoria os assistentes Rogério Ricciluca Matiello Félix e Wilton Guerra.

O acervo do Museu Paulista da USP está concentrado em exemplares dos séculos 17, 18 e 19, com alguns itens muito importantes dos primeiros 30 anos do século 20. Esse acervo está ligado à memória das elites paulistas tanto do período colonial quanto do período cafeeiro e da imigração, documentando diversas técnicas e formas de vida por meio dos três verbos que organizam a exposição (sentar, guardar e dormir)”, explica Marins.

Móveis reunidos

Esse acervo é resultado de muitas décadas de coleta de móveis cedidos pelas famílias de elite do estado de São Paulo e se materializa nos três eixos da exposição a partir de objetos elaborados com materiais valiosos, como jacarandá da Bahia, tampos de mármore e alabastro, além de ornamentos em bronze.

“Já o acervo do Museu da Casa Brasileira tem uma presença significativa de móveis populares, com design de móveis seriados principalmente da segunda metade do século 20 em diante”, acrescenta. Assim, segundo o 'Poder 360', o foco está em objetos socialmente mais abrangentes, incluindo móveis das camadas populares, mobiliário de populações indígenas e a produção industrializada da segunda metade do século 20.

“Reunidos, esses acervos cobrem um espectro muito amplo de segmentos sociais, técnicas e materiais, permitindo uma compreensão abrangente sobre os temas da exposição”, concluiu o curador.