Chefe da divisão de armas químicas do exército russo foi morto nesta terça-feira, 17, em explosão reivindicada por Kiev
Um ataque em Moscou ocorrido nesta terça-feira, 17, resultou na morte de Igor Kirillov, chefe da divisão de armas químicas do exército russo, em uma explosão reivindicada por Kiev.
Kirillov é a mais alta figura militar russa assassinada desde o início da campanha militar na Ucrânia. Ele e seu assistente foram mortos quando um dispositivo explosivo preso a uma scooter explodiu do lado de fora de um prédio residencial no sudeste de Moscou, segundo autoridades russas e ucranianas.
Segundo o O Globo, ataque ocorreu um dia após o presidente Vladimir Putin exaltar o desempenho das tropas russas na Ucrânia. Kirillov, de 54 anos, comandava a unidade de armas químicas, biológicas e radiológicas do exército russo desde 2017 e foi sancionado pela Grã-Bretanha em outubro por seu suposto envolvimento no uso de armas químicas no conflito.
De acordo com o Comitê Investigativo da Rússia, "um dispositivo explosivo colocado em uma scooter estacionada perto da entrada de um prédio residencial foi ativado na manhã de 17 de dezembro na Avenida Ryazansky, em Moscou". A explosão quebrou janelas e danificou gravemente a entrada do edifício. Autoridades russas classificaram o incidente como "terrorismo".
Uma fonte do serviço de segurança SBU da Ucrânia disse à AFP que o ataque foi uma "operação especial" visando Kirillov, acusado de ser um "criminoso de guerra" pelo suposto uso de armas químicas proibidas contra tropas ucranianas. “Um fim tão inglório aguarda todos aqueles que matam ucranianos. A retribuição por crimes de guerra é inevitável”, afirmou a fonte sob anonimato.