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Notícias / Saúde

Fungo super-resistente é relatado pela primeira vez no Brasil

Após diversas viagens à Europa, brasileiro sofre primeiro registro de fungo dermatófito altamente resistente no interior de SP

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 03/04/2025, às 09h01

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Perna de brasileiro diagnosticado com fungo super-resistente e cultura do fungo - Divulgação
Perna de brasileiro diagnosticado com fungo super-resistente e cultura do fungo - Divulgação

Um fungo dermatófito altamente resistente a antifúngicos, o Trichophyton indotineae foi registrado pela primeira vez no Brasil. Um estudo publicado nos Anais Brasileiros de Dermatologia descreve o diagnóstico de um paciente do interior de SP com o fungo, o que levanta preocupações em especialistas, por conta do potencial de disseminação e os desafios de tratamento.

Na pesquisa, foi analisado um paciente do sexo masculino, de 40 anos, sem qualquer comorbidade. Natural do Brasil, ele relatou lesões eritemato‐descamativas pruriginosas nos membros inferiores e glúteos após retornar de Londres, em janeiro de 2024, repercute a CNN Brasil.

Através de testes de laboratórios, pesquisadores puderam confirmar a presença do fungo Trichophyton indotineae ainda em março do ano passado, após ele passar por um atendimento dermatológico em Piracicaba. Ele relatou isso após ter feito uma série de viagens curtas pela Europa, no segundo semestre de 2023, passando pela Áustria, Eslováquia, Hungria, Polônia, Escócia e Turquia.

Dificuldade no tratamento

Após o primeiro relato em maio de 2024, foram ministrados medicamentos ao paciente que, eventualmente, levaram à remissão clínica completa do fungo. Porém, com a descontinuação do tratamento, o fungo evoluiu e voltou a gerar incômodos.

Então, após um novo ciclo de tratamentos, os médicos perceberam o mesmo: inicialmente, o paciente teve uma boa resposta, mas apenas quatro dias após a descontinuação do tratamento, o caso teve uma recaída e o fungo voltou a se manifestar.

Agora, após uma análise do quadro, o caso preocupa especialistas devido à resistência do fungo a medicamentos comuns no tratamento de dermatofitoses. Com isso, enquanto ainda se busca uma forma de combater o fungo, é reforçada a necessidade de vigilância epidemiológica e novas estratégias terapêuticas.