Advogado de Isabela Belchior falou sobre o caso envolvendo a filha do músico
Isabela, filha do cantor Belchiorque foi condenada a nove anos de prisão na última quarta-feira, 23, pelo assassinato do metalúrgico Leizer Buchwieser dos Santos, não deverá recorrer na Justiça. A afirmação foi feita pelo defensor público Pedro Naves Magalhães, que assumiu a defesa de Isabela Belchior.
Conforme informou o profissional em entrevista ao portal de notícias Splash, a jovem de 28 anos "estava convicta que seria condenada, até por assumir as responsabilidades pelo que fez."
Conseguimos reduzir a pena de 12 para 8 anos, e ela pegou mais um ano de prisão por ocultação de cadáver. Ela compreendeu que estava dentro do que era possível, acatou e disse que não quer recorrer. A ansiedade por uma definição era maior que a insatisfação”, revelou Magalhães.
Ele explicou que a redução da pena foi possível porque a Justiça entendeu o caso como "homicídio privilegiado", que é quando o acusado pelo crime alega que o mesmo foi motivado por "relevante valor moral ou social."
Além da filha de Belchior, outras duas pessoas foram condenadas: Estefano Rodrigues e Bruno Thiago Dornelas Rodrigues, que, de acordo com o advogado, também não deverão recorrer após a sentença. Ambos são irmãos da namorada de Isabela, Jaqueline Dornelas Chaves, quem foi absolvida pelo júri popular.
Leizer foi visto pela última vez no dia 26 de agosto de 2019, ao sair de casa para trabalhar. Dias depois, o carro do metalúrgico foi avistado queimado em meio a um canavial. Posteriormente, no dia 1º de setembro, o corpo foi encontrado com as mãos e os pés amarrados em uma mata.
Conforme apontou a Polícia Civil, o homem assassinado era pedófilo e tinha costume de marcar programas sexuais com envolvimento de crianças por meio das redes sociais.
Santos teria combinado um encontro com Jaqueline no valor de R$ 500, para o qual ela levaria a sobrinha de três anos, filha de um dos envolvidos no crime. O grupo, porém, teria armado para o metalúrgico, com o objetivo de extorqui-lo.
Segundo o delegado Gilberto de Aquino, Leizer se dirigiu até uma casa, localizada no Jardim Tangará, onde estavam as duas mulheres e a criança. Contudo, ao chegar na residência, foi xingado pelo casal, que pegou o dinheiro.
Ele, no entanto, reagiu e agrediu uma das mulheres, de modo que os outros dois homens entraram na briga e esfaquearam Leizer. Após o crime, o corpo foi abandonado e o carro incendiado.