Ex-padre Pedro Leandro Ricardo havia sido demitido pelo papa Francisco em março de 2021 após as denúncias
Redação Publicado em 23/05/2022, às 09h17
O ex-padre Pedro Leandro Ricardo foi condenado pela Justiça de Araras, no interior de São Paulo, a 21 anos de prisão por atentado ao pudor contra duas pessoas, conforme decisão publicada no Diário de Justiça da última sexta-feira, 20.
Ricardo havia sido expulso do estado clerical pelo próprio papa Francisco em março do ano passado em decorrência de denúncias de abuso sexual. Ele havia sido inocentado pelo mesmo crime em outras duas ocasiões, mas não com os mais recentes casos.
O religioso foi acusado de abuso sexual por quatro ex-coroinhas da Paróquia São Francisco de Assis, em Araras. De acordo com a Diocese de Limeira, ele esteve trabalhando no local entre 2003 e 2006. O caso começou a ser investigado em 2019, quando foi suspenso de suas funções.
Segundo reportou a ANSA, os crimes teriam ocorrido entre 2002 e 2005. Os abusos envolvendo adolescentes renderam a condenação ao ex-padre. No entanto, ele foi inocentado das outras acusações porque a conduta não era classificada como atentado violento na época que aconteceu.
Para o juiz Rafael Pavan de Moraes Filgueira, que julgou o caso, “as vítimas não eram fruto do acaso”. “Ao revés, eram cuidadosamente escolhidas pelo réu que, ciente do poder reverencial que ostentava, por ser padre e, nesta qualidade, ante a ausência de lar estruturado, assumir o papel de figura paterna, delas se aproveitava para satisfação de sua lascívia", afirmou na decisão.
