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Notícias / Alemanha

Ex-agente da Stasi é condenado a 10 anos por assassinato cometido em 1974

Martin Naumann, ex-agente da Stasi, foi condenado a 10 anos pela morte de Czeslaw Kukuczka, um polonês que tentou fugir para o Ocidente em 1974

Redação Publicado em 14/10/2024, às 12h00

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Czeslaw Kukuczka morreu ao tentar atravessar Muro de Berlim em 1974 - Wikimedia Commons via Noir; Wikimedia Commons via Domínio Público
Czeslaw Kukuczka morreu ao tentar atravessar Muro de Berlim em 1974 - Wikimedia Commons via Noir; Wikimedia Commons via Domínio Público

Nesta segunda-feira, 11, Martin Naumann, ex-agente da Stasi, foi condenado a 10 anos de prisão por assassinar Czeslaw Kukuczka, um polonês que tentou fugir para o Ocidente em 1974.

Segundo a AFP, Naumann, agora com 80 anos, é o primeiro ex-integrante da polícia secreta da Alemanha Oriental a receber uma sentença por assassinato, quase 35 anos após a queda do Muro de Berlim.

A Stasi, abreviação de Ministerium für Staatssicherheit (Ministério da Segurança do Estado), era responsável por reprimir dissidentes e manter o controle interno durante o regime comunista, utilizando métodos brutais, como assassinatos e prisões arbitrárias.

Kukuczka foi morto com tiros pelas costas enquanto tentava atravessar o posto fronteiriço da Friedrichstrasse, conhecido como "palácio das lágrimas". Três testemunhas que presenciaram o crime foram ouvidas no julgamento. A defesa de Naumann alegou falta de provas de sua autoria e contestou a acusação de assassinato, repercute a AFP.

Condenação simbólica

Apesar de simbólica, uma vez que ocorre quase 50 anos após o crime, a condenação representa um esforço da Alemanha em lidar com os crimes do regime comunista

Estima-se que 140 pessoas morreram tentando cruzar o Muro de Berlim. No entanto, investigações anteriores envolvendo a Stasi nos anos 1990 resultaram em poucas condenações e sentenças brandas.

As tentativas de julgar Erich Mielke, que chefiou a Stasi de 1957 a 1989, por exemplo, falharam repetidamente. Apenas em 1993 ele foi condenado a seis anos de prisão pelo assassinato de dois policiais em 1931, quando ainda era um jovem militante comunista.