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Notícias / Nagasaki

EUA não enviarão embaixador para cerimônia dos 79 anos da bomba de Nagasaki

Após decisão do prefeito de Nagasaki, Estados Unidos optaram por não enviar embaixador para cerimônia pelas vítimas da bomba atômica em 9 de agosto de 1945

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 08/08/2024, às 12h56 - Atualizado às 13h57

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O efeito da bomba em Nagasaki - George R. Caron via Wikimedia Commons / Domínio Público
O efeito da bomba em Nagasaki - George R. Caron via Wikimedia Commons / Domínio Público

Esta sexta-feira, 9, marca os 79 anos do lançamento da bomba atômica contra a cidade japonesa de Nagasaki — três dias antes, em 6 de agosto de 1945, Hiroshima já havia sido atingida pelos Estados Unidos. Os ataques mataram mais de 200 mil pessoas e selaram o rendimento do Japão na Segunda Guerra Mundial

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Assim como faz todos os anos, o Japão realiza uma cerimônia em memória às vítimas do ataque. Mas nas celebrações do 79º aniversário da data, o embaixador dos Estados Unidos não comparecerá ao evento porque Israel não foi convidado, informou a própria embaixada.

Conforme disse o órgão, segundo repercutido pelo The Guardian, Rahm Emanuel não comparecerá ao evento na sexta-feira porque ele havia sido "politizado" pela decisão de Nagasaki de não convidar Israel. 

Apesar disso, Emanuel homenageará as vítimas de Nagasaki em uma cerimônia que será realizada em um templo budista de Tóquio. Além disso, um oficial norte-americano de patente mais baixa irá representá-lo na cerimônia em Nagasaki.

Decisão mantida

Apesar da decisão dos Estados Unidos, Shiro Suzuki, prefeito da cidade de Nagasaki, apontou que não mudará de postura em não convidar Israel. Além dos EUA, outros cinco países do G7 e União Européia também enviarão membros de um escalão menor. 

"Queremos apenas realizar a cerimônia em uma atmosfera pacífica e solene" para honrar as vítimas, disse Suzuki nesta quinta-feira, 8, segundo o The Guardian. "Não é absolutamente por razões políticas".

É uma pena que os embaixadores não possam se juntar a nós este ano, mas espero que eles compareçam no ano que vem", finalizou.

Em junho, Suzuki já havia se mostrado relutante em convidar Israel, notando o conflito crescente no Oriente Médio. Ele anunciou na semana passada que Israel não havia sido convidado devido a preocupações com "possíveis situações imprevistas", como protestos, sabotagem ou ataques aos participantes.