Encontradas nas águas subtropicais de uma ilha do Japão, as novas espécies receberam nomes inspirados no folclore do país
Duas recentes descobertas revelaram a existência de novas espécies de lulas-pigmeus nas águas subtropicais de uma ilha japonesa. Estes diminutos cefalópodes, que são menores do que clipes de papel, encontram abrigo nos leitos de corais e campos de ervas marinhas de Okinawa, recebendo seus nomes inspirados no folclore japonês e nas artes marciais.
Detalhes sobre essas criaturas foram apresentados em um estudo recentemente publicado na revista Marine Biology. A lula-pigmeu Ryukyuan (Idiosepius kijimuna), por exemplo, recebe seu nome de espécie, "kijimuna", em referência a uma criatura mítica no folclore de Okinawa.
Os kijimuna são descritos como seres ruivos e infantis que habitam árvores banyan. Similar a essa descrição, a I. kijimuna possui uma tonalidade ligeiramente vermelha e reside nas florestas de ervas marinhas próximas à costa, até uma profundidade de 2 metros abaixo da superfície.
O portal Live Science destaca que, embora a espécie tenha sido identificada em 2018, a equipe de pesquisa teve poucos espécimes disponíveis naquela época para uma descrição formal, conforme indicado no estudo.
A segunda espécie, conhecida como lula-pigmeu de Hannan (Kodama jujutsu), recebe o nome do fotógrafo subaquático Brandon Ryan Hannan, o qual originalmente encontrou a criatura agarrada à parte inferior de um recife de coral.
A fonte destaca que, além de representar uma nova espécie, essa lula-pigmeu pertence a um novo gênero, Kodama, batizado em homenagem a seres míticos conhecidos como espíritos de árvores fantasmagóricas e arredondadas que se acredita habitarem florestas antigas. De acordo com o estudo, a presença desses seres é considerada um sinal de uma floresta saudável.