Rei Charles II foi alertado sobre a necessidade de manter seis corvos vivos na Torre de Londres para preservação do regime; três aves já morreram
Muitas vezes, a fantasia pode flertar com a realidade, e essa relação explica a grande superstição por trás de profecias catastróficas, apocalipses iminentes e lendas urbanas. Nem mesmo a família real britânica conseguiu fugir de algumas crenças nesse sentido.
Uma profecia ouvida pelo Rei Charles II (1630-1685), em meados do século 17, parece reverberar pelos corredores do Palácio de Buckingham até hoje. À época, foi dito ao monarca que, em cada novo reinado, 6 corvos deveriam ser mantidos com vida nos arredores da Torre de Londres. Caso contrário, a monarquia britânica chegaria ao fim.
De acordo com a lenda ouvida pelo monarca, se as seis aves deixassem a Torre de Londres, ela desmoronaria, decretando o fim do Reino inglês. Já naquela época, Charles II promulgou regras que estabeleciam a obrigatoriedade de acomodar os corvos na região.
Desde então, os pássaros são mantidos em confinamento, sob os cuidados da Yeomen Warders, guarda do castelo que abriga as joias da Coroa. Há, na Warders, um encarregado especial para cuidar dos animais: o Mestre dos Corvos. Segundo 'O Globo', a função é atualmente ocupada por BarneyChandler, ex-comandante da Marinha Real, que lidera uma equipe de quatro guardas responsáveis por vigiar, cuidar e alimentar os pássaros.
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Das 6 aves mantidas na Torre de Londres atualmente, 3 já se foram. A morte mais recente ocorreu em 2023, enquanto os outros dois corvos morreram entre agosto e setembro de 2022.
Eles foram rapidamente substituídos pela Yeomen Warders, para manter o número de corvos sempre igual.