Segundo diversas entidades de direitos humanos, os ditos campos de treinamento estariam, na verdade, utilizando a mão de obra de milhões de imigrantes muçulmanos
Na segunda-feira, 14, os Estados Unidos romperam relações com algumas exportações chinesas, alegando que os produtos são fabricados com trabalho forçado de muçulmanos. Agora, o país asiático saiu em defesa dos campos de detenção que o governo de Pequim chama de centros de “reeducação”, segundo a BBC.
Já faz algum tempo que a região de Xinjiang vem sendo criticada pela política de detenção, que, para os EUA, se assemelha aos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial. Em um novo pronunciamento, contudo, o governo chinês afirmou que os muçulmanos mantidos no local são beneficiados com um treinamento vocacional.
De acordo com as autoridades, os imigrantes recebem aulas de mandarim, habilidades de trabalho e "conhecimento da vida urbana”. Dessa forma, através do suposto projeto, o governo gera mais oportunidades de emprego e ainda combate a pobreza da região.
Diversas empresas, países e instituições que defendem os direitos humanos, no entanto, caracterizam a suposta reeducação como um cárcere disfarçado. A marca de roupas sueca H&M, por exemplo, rompeu relações com uma produtora de fios chinesa, afirmando que a fábrica usava a dita mão de obra escrava de Xinjiang.
No começo da semana, o secretário interino do Departamento de Segurança Interna dos EUA afirmou que os campos em questão representam a “escravidão moderna”. Segundo um porta-voz do Ministério do Exterior da China, no entanto, as acusações de trabalho forçado não passam de uma mentira criada por países ocidentais.