Exposição 'Eterno Egito' conta com 100 peças de diversas dinastias do antigo Egito, que datam desde 3000 a.C. até o século I d.C.
A Casa Museu Eva Klabin apresenta, em união inédita, a exposição “Eterno Egito: A Imortalidade nas Coleções Viscondessa de Cavalcanti e Eva Klabin”.
Com curadoria de Helena Severo e Douglas Fasolato, a mostra exibirá 100 peças de diversas dinastias do antigo Egito, datando desde 3000 a.C. até o século I d.C.. A exposição, localizada na Av. Epitácio Pessoa, 2480, na Lagoa, Rio de Janeiro, estará aberta à visitação gratuita de quarta a domingo, das 14h às 18h, a partir deste sábado, 6. As coleções reúnem artefatos que refletem a crença egípcia na vida após a morte.
Na coleção da Viscondessa, que pertence ao Museu Mariano Procópio, em Juiz de Fora (MG), destacam-se uma estela policromada de Per-a-Iset, fragmentos de um rosto de ataúde masculino, figuras shabtis e um conjunto de amuletos funerários.
Já a coleção de Eva Klabin integra o acervo permanente da Casa Museu e inclui um rosto de esquife de madeira dourada com olhos incrustados de marfim e ébano da XVIII Dinastia, uma estela funerária de pedra que pertenceu a Thutmés e objetos votivos como um esquife para uma múmia de gato.
Apesar de separadas por cinquenta anos, a Viscondessa de Cavalcanti (1853-1946) e Eva Klabin (1903-1991) compartilham o interesse por artefatos do Egito Antigo, desenvolvendo suas coleções através de viagens internacionais, residências em diversos países e visitas a ateliês de artistas, antiquários renomados e casas de leilões.
A união de suas coleções nesta exposição permite refletir sobre o papel das mulheres no colecionismo brasileiro e oferece um olhar sobre as motivações e práticas envolvidas no ato de colecionar.