Áudio resultante é uma sonificação baseada nas explosões detectadas e na distância da sonda em relação ao Sol, explicam cientistas
Com gases ferventes e borbulhantes, o Sol é um ambiente extremamente barulhento. No entanto, esses sons nunca chegam à Terra, pois o espaço é um vácuo, onde as ondas sonoras não podem se propagar como no nosso planeta.
Mesmo assim, cientistas encontraram uma maneira de transformar três anos de erupções solares em um clipe audiovisual, permitindo-nos "ouvir" o som do Sol.
As erupções solares acontecem quando o campo magnético do Sol se torce, liberando explosões de energia e partículas carregadas. Esse fenômeno, que pode ser comparado a "fogos de artifício solares", foi traduzido em áudio por um "DJ" da Agência Espacial Europeia (ESA).
Essas explosões se tornam mais intensas à medida que o Sol se aproxima do auge de seu ciclo de 11 anos, conhecido como máximo solar, momento em que seus polos magnéticos se invertem.
Para criar essa experiência sonora, a ESA utilizou dados coletados pela Solar Orbiter, uma sonda desenvolvida no Reino Unido. O processo, chamado "sonificação", converte os dados das explosões solares em sons audíveis para os humanos, ajustando frequências que normalmente seriam baixas demais para serem percebidas.
"O áudio resultante é uma sonificação baseada nas explosões detectadas e na distância da sonda em relação ao Sol", explicaram as autoridades da ESA, proporcionando uma nova forma de conexão com o astro que sustenta a vida em nosso planeta.
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